Terceira idade: o quase inexplorado nicho de U$10 trilhões em potencial de consumo

Com um potencial de consumo global de U$ 10 trilhões em 2020, o público sênior (acima de 60 anos) deve ganhar cada vez mais relevância no varejo. Apesar da perspectiva, e das ações que alguns lojistas e shoppings já realizam para esse consumidor, ainda existe uma carência grande em termos de lojas especializadas e atendimento.

Além do potencial mundial, o estudo “Consumer Generations”, feito pela Tetra Pak, aponta que a expectativa para os próximos quatro anos é de que a terceira idade passe a representar 16% de toda a renda do Brasil. Hoje ela é responsável por 11% do total. O sócio-diretor da GS&Consult, Jean Paul Rebetez, diz que um ponto importante desse dado é que essa é uma renda discricionária.

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Idoso usando smartphone, especialmente criada para esse público (Fonte)

“Ela é livre de pagamentos regulares, tirando plano de saúde e remédios. Ou seja, é um dinheiro que está disponível para ser gasto com as compras”, afirma. De acordo com ele, a tendência é de que haja um crescimento muito grande desse público nos próximos anos.

O diretor geral da Jeunesse no Brasil – empresa que vende cosméticos e produtos anti-envelhecimento -, Marcel Szajubok, também aponta para o potencial desse consumidor. “As pessoas estão vivendo cada vez mais, e, consequentemente, esse público vem crescendo. Quem não perceber isso está perdendo um nicho de mercado importante”, afirma.

A CEO da AGR Consultores, Ana Paula Tozzi, sinaliza ainda que isso gera um enorme potencial de negócios. “Estamos vendo o envelhecimento da população brasileira, e isso abre uma oportunidade muito grande de novos negócios.”

A despeito da perspectiva de crescimento para os próximos anos, Rebetez ressalta que as varejistas ainda não estão preparadas para atender esse público. “O ponto de venda ainda não evoluiu para oferecer o serviço, a orientação e a experiência que esse público exige. Tem uma população envelhecendo e com renda, mas que não se sente contemplada pelas marcas e varejistas”, diz.

Em linha com a análise do consultor, um estudo realizado pela agência ICLP, e divulgado ontem (27), mostra que apenas 13% dos consumidores acima de 53 anos sentem que suas varejistas preferidas investem tempo para entender o que eles desejam. Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados afirmaram que comprariam mais caso essa realidade mudasse e os lojistas passassem a entender melhor suas necessidades.

Consumidor fiel

A importância de investir nesse público se dá também pela constatação de que os consumidores dessa faixa etária são mais fiéis, a medida que gostam de um produto ou se sentem bem atendidos.

“O principal para esse cliente é o atendimento. Se ele se sentir bem atendido e criar uma relação e um vínculo com a loja, ele vai se tornar um comprador fiel”, diz Ana, da AGR Consultores. O sócio-diretor da GS&Consult, Rebetez, concorda: “É um público que prioriza qualidade em todos os aspectos, tanto dos serviços quanto dos produtos.” Apesar de ainda não disseminado, alguns shoppings e varejistas já perceberam a potencialidade da terceira idade e vêm investindo em ações para atrair e fidelizar esse público.

O shopping Taboão, por exemplo, possui um projeto – em parceria com o Itaú – que promove atividades físicas e socialização para pessoas acima de 55 anos. “O projeto Saúde faz com que elas permaneçam mais tempo no shopping, incluindo o centro comercial na rotina dessas pessoas. Em termos de fidelização contribui muito”, diz a gerente comercial do empreendimento, Alessandra Tiraboschi.

De acordo com ela, o consumidor sênior representa 10% dos clientes do centro. Apesar de não possuir dados relativos as vendas, Alessandra afirma que a percepção é de que são pessoas “mais dispostas para o consumo, e que tem um dinheiro mais livre para gastar.”

A rede de restaurantes Burguer King também iniciou recentemente um projeto visando esse nicho. Com o intuito de atrair o consumidor acima de 70 anos, a empresa criou o chamado King Sênior, que vem com dois combos de hambúrgueres pelo preço de um.

Outro shopping que pretende começar a trabalhar com iniciativas de estímulo ao consumo desse público é o Frei Caneca. “Vamos trabalhar com programas de fidelidade, premiações e atividades para a terceira idade”, diz a gerente de marketing, Andreia Perini.

Para Rebetez, a tendência é que as varejistas cada vez mais deem importância para esse público. “À medida que essa perspectiva for se tornando uma realidade as varejistas que têm mais visão vão começar a pensar mais nesse nicho”, diz.

Fonte: DCI

[VÍDEO] O que significa o rebaixamento do rating do Brasil para sua empresa?

Dia 09 de sembro de 2015, a agência americana de avaliação de investimentos, Standard and Poors, rebaixou o grau de investimento do Brasil para junk, ou seja, investir no Brasil significa uma possibilidade de levar um calote!

Mas, o que realmente isso vai significar para nossas empresa? Gravei um vídeo falando sobre as consequências imediatas e o que podemos fazer para mitigar esse efeito.

[Review] Oportunidades disfarçadas

downloadEstamos vivendo uma crise financeira aqui no Brasil e isso assusta a todos: de donas de casas a CEOs de grandes empresas. Mas, pior que a crise financeira é a crise de ideias e otimismo.

Em alguns momentos de nossa vida, depois de algumas experiências, especialmente as negativas, vamos ficando temerosos e avessos a pensar diferente e arriscar. Começando a ter uma crise de ideias e otimismo. É nesse momento, que acabamos não percebendo mais as oportunidades.

Se você está nesse situação, aposto que não foi pior que a que Abraham Lincoln, 16º Presidente do EUA, se encontrou durante os vários fracassos de sua vida, até ser eleito Presidente:

Carlos Domingos, o autor, sabiamente, escolheu Lincoln, para fazer o prefácio(póstumo é claro).

O autor, decidiu escrever este livro, após um artigo que ele publicou na sua coluna semanal no jornal Valor Econômico, intitulado “Oportunidades disfarçadas” (que contava a maneira como várias empresas – no Brasil e no mundo – descobriram uma oportunidades em um tempo de crise), contrariando os anteriores que contavam com 6 ou 7 emails de respostas, teve aproximadamente 183! Esse artigo e suas resposta, foi o start para as pesquisas.

O parágrafo acima, é a síntese do livro, que com 300 páginas, tem centenas de caso de sucesso do surgimento de empresas. E posso garantir, que nos casos contados, não existe um sequer, que surgiu após amplo estudo do mercado, relatórios e planos de negócios. Muito pelo contrário, 100% desses empresas surgiram após uma grande decepção e uma grande necessidade, fazendo com o futuro empreendedor enxergasse naquele viés, a sua chance de sobrevivência.

Pense na seguinte situação, vendedores ambulantes são pessoas nada queridas, David, com 16 anos, vendedor de Enciclopédias, no final do século XIX, sabia muito bem. Ele saíra muito cedo da casa dos pais, para tentar a vida em Nova York. Só que as vendas de Enciclopédias iam de mal a pior, nenhuma dona de casa(seu público principal) se interessava em pelo menos, ver o seu produto. Nessa dificuldade, ele precisa por a “cabeça” para funcionar. Ele então, teve uma ideia, para cada dona de casa que aceitasse ver suas enciclopédia, ganharia de presente um perfume(criado por uma amigo farmacêutico). A ideia deu tão certo, que em poucos meses, todas as donas de casa queriam comprar o perfume e nem queriam saber da enciclopédia. Nascia aí, dessa simples ideia, a Avon, umas das maiores empresas de cosméticos do mundo.

A história de David e do surgimento da Avon, serve para ilustrar como o autor trabalha com a ideia de mostrar empresas reais que transformaram problemas reais em grandes oportunidades. Concordo com Eugênio Staub, Presidente da Gradiente, ao dizer que este livro é melhor do que qualquer antidrepressivo.

#3 fatos sobre as eleições nas redes sociais

Domingo foi dia de eleições e SURPRESA! todas as pesquisas estavam erradas. Dilma, não era tão favorita, Marina decepcionou-se com seu fraco desempenho, Aécio surpreendeu, e os nanicos foram nanicos.

Acredito que as pesquisas estavam erradas, principalmente, as de órgãos maiores. O fato que comprova, são o próprio resultado das eleições, e algumas pesquisas que amigos fizeram no facebook (inclusive, vários famosos, realizaram suas próprias pesquisas e divulgaram no instagram, facebook e twitter) e o resultado sempre foi muito diverso do apresentando pelos orgãos oficiais de pesquisa.

 

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Porém, isso não foi o mais surpreendente. Mas o que mais surpreendeu, foi como os usuários das redes sociais se comportaram durante as eleições. Separei 3 fatos, que para mim, foram os mais marcantes:

#1 – Não existe democracia nas redes sociais – Segundo o site da Embaixada Americana , Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. Até tudo ok. Temos eleições, e isso é o mais belo ato de construção de um bem comum, através das ideias e participação de todos, sempre prevalecendo a maioria.

Porém, com o advento das redes sociais e sua proliferação, fizeram com as pessoas tirassem suas máscaras e mostrassem quem elas realmente são. Sim, muitas pessoas nas redes sociais, mostram seu pior lado, e lá, através de um avatar, ela está expressando sua ideia, seus ideais, esquecendo que lá, ela está mais exposta do que em qualquer outro lugar.

Ainda segundo o site sitado acima, “as sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”. De acordo com essa citação, redes sociais é uma anarquia, e não uma democracia.

É tão anti democrático esse espaço, que apenas por eu me expressar favorável a outro candidato, diferente de uma “amiga”, ela acabou me ofendendo, sem argumentos válidos, e quando eu a questionei, ela “desfez” a amizade com um clique.

#2 – Xingar é melhor que argumentar – Vamos falar somente sobre os dois candidatos que foram ao segundo turno. Segundo os usuários das redes sociais que eu utilizo, quem vota no Aécio é “coxinha” (não sabe o que é um? leia e descubra: o que é um coxinha)e quem vota na Dilma é “burro”.

Esses adjetivos só servem para polarizar ainda mais essa disputa, e em nenhum momento serve para se criar uma discussão onde podemos descobri qual dos dois candidatos tem a melhor proposta para o curto prazo (URGENTE) e a longo prazo para o Brasil.

As redes sociais, seriam um ótimo lugar para que pudêssemos expor quais os pontos que nos fizeram escolher tal candidato, para representar nossas ideias. Pena que a grande maioria, usou para denegrir a imagem dos candidatos e a imagem de quem escolhe tal candidato.(E principalmente a sua própria)

#3 – Preconceito –  Quem tem terceiro grau sabe o que é melhor para o Brasil, quem não tem, nem deveria votar e muito menos participar de pesquisas. Como assim? quer dizer então, que porque você ficou 4 anos sentado em um banco de uma universidade/faculdade, o conhecimento da “vida, do universo e tudo mais” (parafraseando Douglas Adams) ficou impregnado em seu ser?

Acredito que ter um curso universitário faz nos evoluir muito como ser racional. Mas, somente isso, não é critério para que deixar superior a outras pessoas.

Minha Avó, que é “analfabeta”, é muito mais pensante que seres que tem curso superior (e que são analfabetos funcionais).

Fico com vergonha de ler certas postagens de pessoas no meu Facebook, que tem além de terceiro grau, tem pós graduação.

***

Posto isso, convoco você, caro leitor, a ajudar produzir, nas redes sociais, seja ela qual for, um ambiente onde podemos criar um embate democrático, com argumentos e não xingamentos e claro, sem o preconceito. Só assim, conseguiremos construir um futuro melhor para nosso país.

 

O que ninguém conta a você sobre a agricultura no Brasil

Dia 28 de julho, aqui no Brasil é comemorado o dia do Agricultor. Quando se fala em agricultor, muitas vezes remete a ideia de um caipira, desinformado, quase que um “Jeca Tatu” (criado e imortalizado por Monteiro Lobato). Certo? Bom, quem ainda tem essa mentalidade, precisa rever seus conceitos.

Colheita de soja
Colheita de soja

Agricultor, hoje é um empresário rural, um exemplo de empreendedor, que precisa de muita resiliência e um dos que mais estão expostos a risco: quando se inicia um empreendimento agrícola, não se sabe como seguirá o clima até a colheita… por se produto ser uma commodity, sofre variações de preços de acordo com o mercado internacional, isso para levantar alguns riscos. Cada vez mais, esse empreendedor rural, precisa de achar maneiras de mitigar seus riscos e conseguir uma boa lucratividade.

E quando analisamos o cenários econômico nacional, percebemos que ele está conseguindo, já que o agronegócio continua a ser a locomotiva da balança comercial brasileira. Segundo a secretaria de Relações internacionais do Ministério da Agricultura, as exportações desse setor alcançaram aproximadamente 100 bilhões em 2013, esse valor representa uma alta de 4,3%, se comparado com 2012.

Estados Unidos, Países Baixos, Alemanha e Hong Kong, absorvem quase metades de todas as exportações desse setor. A China, com sua Classe média ascendente e seus mais de 1,2 billhões de habitantes a serem alimentados, é o nosso maior comprador. Para atender a toda essa demanda, segundo o CONAB(Companhia Nacional do Abastecimento), a expectativa é de que nesse ano, o Brasil seja o maior produtor de soja do mundo! (Posto hoje ocupado pelos Estados Unidos).

Em 2050, teremos uma população estimada em 9 bilhões de pessoas, alimentar essas pessoas, será o grande desafio. O Brasil, nesse cenário, terá um grande papel a desempenhar, e todos os agricultores-empreendedores-empresários-rurais também. Para produzir mais, será preciso mitigar os riscos e aumentar os ganhos. Aí é que entra a tecnologia e conhecimento, segundo a Confederação Nacional da Agricultura(CNA), no Brasil, 70% das áreas agrícolas são ocupadas pelos pequenos e médios produtores, e pasmem, eles respondem apenas por 7,6% da produção nacional!

Um desafio a ser superado nos próximos anos, estimular a continuidade das pequenas propriedades, com sustentabilidade e produção, formando agricultores empresários, facilitando o acesso a tecnologia e fazendo um benchmarking das grandes propriedades, para as pequenas. Papel que terá que ser estimulado e desenvolvido por Universidades, poder público e privado.

E para os empreendedores de plantão… depois de todos os fatos analisados, aposto que ideias fervilharam! Mãos a obra! E finalmente, atrasado, mas em tempo: Parabéns a todos os agricultores do Brasil!

 

Com informações do HSBC Global Connections.

 

 

E se você oferece desconto de 10% a cada gol sofrido pelo Brasil? Entenda o caso.

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O sonho de ser hexa acabou para a Seleção Brasileira. Ninguém imaginou que acabaria dessa forma. Nem mesmo a Lote 42.

A Lote 42 é uma editora, até então pouco conhecida pelo grande público. Possui em seu site, 6 livros a venda(editados por ela).

Eu disse até então, porque ela publicou a promoção acima nas redes sociais e não imaginava que os descontos que ela teria que dar, chegaria a 70%.

Sorte ou azar ainda não sabemos. Sabemos de uma coisa: o estoque dela , com certeza irá acabar, e audiência em seu site igual a hoje, vai ser difícil de superar!

Mortalidade das empresas e o auto conhecimento.

Aqui no Brasil, muitas micro e pequenas empresas não sobrevivem aos seus cinco primeiros anos de vida, esse “muitas” significa algo em torno de 53% a 65%. É um índice grande de mortalidade, um número preocupante.

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Cada empresa que fecha, é um montante de capital investido sem retorno, que provoca um efeito em cadeia, trazendo um prejuízo para todos os envolvidos: funcionários, fornecedores, clientes e principalmente os empreendedores.

Mas, o que leva uma empresa ao fracasso? São muitas as razões, vamos citar algumas: falta de conhecimento do mercado, paixão excessiva (quando você imagina uma oportunidade, e cria um relacionamento utópico, ignorando qualquer aviso de que essa idéia não trará resultados), falta de controle financeiro e uma falta de conhecimento das habilidade necessárias para empreender.

Sei que todos os itens acima são citados em bastante artigos, por consultores…e é claro que são importantes. Mas, nesse texto, focaremos no “autoconhecimento das habilidades”, que é, na minha opinião, a que deveria ser a primeira a ser observada.

Toda pessoa que quer ter seu próprio negócio, tem que desenvolver algumas habilidades necessárias para o bom andamento do seu “investimento”. Isso envolve, primeiro de tudo, uma introspecção, uma viagem pra dentro de si mesmo.

As habilidades que devem ser buscadas, são esta:

Habilidades de negociação – como eu negocio prazos? como eu consigo descontos? eu sou bom ou ruim? Eu gosto de fazer isso? Sou muito competitivo?

Hábitos – entender quais hábitos eu preciso mudar, conhece minhas deficiências, tenho hábitos que prejudicaram a condução do negócio? Sei como criar e manter novos hábitos?

Empreendedorismo – saber estar atento a novas oportunidade, consigo pensar a longo prazo? Sei adiar recompensas?

Inteligência emocional – Sei que não posso ser dominados pela emoção? que devo ter um domínio sobre elas?

Administração do tempo – sou uma pessoa que vive correndo, sem tempo pra nada?

Liderança – que tipo de líder eu sou, sou muito permissivo, mando de mais, mando de menos, sei dar um feedback, sei elogiar?

É importante saber que uns nascem com algumas dessas habilidades mais desenvolvidas que os outros, mas qualquer uma delas, é possível o “treino” para o desenvolvimento desejado. Porém, para que esse treino ocorra, é imprescindível saber em qual delas você é melhor ou pior.

Pense nisso! A economia agradece e seu investimento também.