4 coisas que eu aprendi lendo “De onde vem as boas ideias”

É quase senso comum achar que as boas ideias surjam de um momento “eureka”, como se a ideia surgisse rápida e certeira, num estalar dos dedos. Nesse livro – clique aqui para comprar – o autor Steven Johnson, mostra de forma primorosa que não é bem assim. Na verdade, as boas ideias precisam de tempo e estímulo para serem formadas. Para te ajudar a entender como funciona a formação dessas ideias, separei quatro grandes aprendizados que eu tive para compartilhar:

(1) Cidades grandes = Redes

Cientificamente comprovado que em cidades maiores ocorre um desenvolvimento da criatividade, através de uma maior conectividade. Pense só, se você gosta de Jazz e quer conversar com alguém que tenha essa mesmo gosto, em uma cidade pequena, a chance de achar pessoa com esse mesmo gosto é diminuta, já em uma cidade grande, com certeza a chance cresce exponencialmente, com certeza em algum lugar da cidade, você encontrará um encontro-de-pessoas-que-gostam-de-jazz ou algo parecido. Dessa maneira, qualquer gosto ou situação que você esteja pesquisando, a chance de achar pessoas com interesses comum é maior e desse modo, criar uma rede com pessoas que pensam/querem solução para um mesmo problema, também aumenta.

As redes também são uma parte importante, se não a mais importante. Kevin Dunbar, psicólogo na McGill University fez uma estudo com cientistas, para entender como funcionava as descobertas. Porém, ao invés de perguntar à eles como foi a descoberta, ele decidiu fazer uma pesquisa estilo BBB: ficar o tempo todo perto desses cientistas, e o que ele descobriu foi que as grandes descobertas aconteciam muito mais em reuniões, entre as dúvidas de uns e palpites de outros, do que sozinhos.

(2) Leia rápido

Eu sempre gostei muito de ler, mas conforme a tecnologia foi invadindo minha vida, confesso que fiquei um pouco refém dela e minha leitura continuou, mas de uma maneira mais lenta.

No livro, o autor diz que precisamos ler mais e mais rápido, porque desse modo, as ideias ficam mais frescas e tem mais chance de se conectarem com outras, criando soluções e trazendo inovações.

Ele cita o exemplo do Bill Gates que faz uma sabático no ano somente para ler. Meio difícil fazermos isso, mas ler um livro de uma maneira mais rápida e com mais frequencia, vai ser meu desafio de ano novo.

(3) Erre

Nossa existência provém de erros, ao multiplicar nosso DNA, ele começou a “errar”e com isso várias espécies surgiram.

Diversas invenções só aconteceram devido a erros. Quanto mais criativa e inovadora for uma pessoa, maior a quantidade de erros que ela comete. Isso quer dizer que ela realiza muita coisa, portanto, o erro é parte inerente dos realizadores.

O erro pode fazer com que alguma intuição lenta se transforme em solução.

Nos anos 80, o mantra empresarial que predominava era: erro 0. Isso fazia/faz com que os funcionários realizem tudo de forma padronizada, os transformando em executores automatizados. Nos tempos atuais, onde problemas e mudanças nos status quo das empresas ocorrem o tempo todo, a empresa precisa ser mais dinâmica para sobreviver. Por isso, o mantra mais predominante nas empresa hoje em dia é: erre depressa, gastando pouco.

(4) Anote tudo = Intuição lenta

A maior parte das ideias se configura de uma solução/ideia parcial incompleta. E após alguma ideia/duvida que estava na cabeça de outro, ela se torna completa. Darwin dizia que sua teoria da seleção natural surgiu completa após ele ler um texto de Thomas Malthus. Porém, após alguns historiadores examinarem seus diários, perceberam que na verdade a ideia da seleção natural sempre esteve pronta, a leitura do texto de Malthus só foi o fio condutor que faltava para a conexão de tudo.

Portanto, é importante que anotemos tudo o que acharmos importante: de citações a partes de livro, de ideias simples a complexas. Hoje em dia, com softwares de anotações, tudo fica mais fácil. Por exemplo, eu uso muito o evernote, você escreve notas, tira foto de tudo que julgar interessante, e se um dia precisar pesquisa e juntar tudo, é só pesquisar e ele conecta as principais palavras chaves.

Se você achou interessante essas ideias, imagine quando ler o livro! Cada vez mais, o que será imperativo para a sobrevivência das empresas e das pessoas no mundo do trabalho será a capacidade de se reinventar, ter boas ideias é parte disso.

Para finalizar, conselho do próprio autor para melhorar a criatividade:

Faça uma caminhada; cultive intuições; anote tudo, mas mantenha suas pastas em desordem; abrace a serendipidade; cometa erros produtivos; cultive diversos hobbies; frequente cafés e outras redes; siga os links; permita que outros se baseiem em suas ideias; tome emprestado, recicle, reinvente.

O que eu aprendi com a técnica Kintsugi

Sou descendente de Japoneses e talvez por esse motivo, tenho grande interesse por cultura e filosofia japonesa. Dia desses, entre uma pesquisa e outra, encontrei um termo: Kintsugi.

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Tigela de chá, Coreia, dinastia Joseon, século 16, os reparos em ouro são do tipo gibi

Esse termo, Kintsugi (ou em japonês, 金継ぎ?, きんつぎ) , significa “emenda de ouro”, ou pelo termo sinônimo, Kintsukuroi (金繕い?, きんつくろい), significando “reparo com ouro”.  Esses dois termos, na verdade é a arte japonesa de reparar uma cerâmica quebrada com laca espanada ou misturada com pó de ouro, prata ou platina. 

Por exemplo, você tem um prato, uma xícara ou qualquer objeto de cerâmica, por motivos alheios, esse objeto quebra. Fosse nos tempo atuais, era só substituir por outro, porém, no Japão, século 15, era um pouco mais difícil essa substituição, portanto resolveram criar uma maneira de poder reaproveitar a peça, colando as partes (leia-se restaurando) com pedaços de pó de ouro. Isso não só fazia com que a peça fosse (re)aproveitada, como fazia com que ela tivesse um outro significado.

Isso me faz pensar em como lidamos com nossas próprias imperfeições, o quanto mascaramos as mesmas, por vezes, de nós mesmos! Nosso culto a perfeição não permite  uma introspecção para nos conhecermos mais a fundo, existe um medo muito grande de encontrarmos uma “parte quebrada” e termos que ser “descartados”.

No Kintsugi, ao invés de se envergonhar pelas “feridas” expostas, eles as embelezam para que sejam uma celebração constante da vida cotidiana. Dos pequenos e grandes erros que cometemos e da possibilidade que temos de aprender com isso.

Ao contrário de nós que queremos sempre que as coisas voltem a ser como novas ou não enxergarmos um trincado, Kintsugi quer mostrar que parte do nosso legado é aquilo que tentamos esconder com mais determinação: as nossas falhas e defeitos.

Portanto, que tal a partir de hoje começarmos um exercício de autoconhecimento, para conhecermos nossas “rachaduras”, tentar melhora-las e ao depararmos com dificuldades, criarmos maneira de tornar esse dificuldade em uma parte de nossa história, em que passamos e nos tornamos uma pessoa melhor?

Fica aqui o meu convite! Já comecei a praticar Kintsugi e tem sido uma boa experiência.

 

Referência:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Kintsugi

Destaque

Empreendedorismo: menos Bla Bla e mais ação

O que é ser empreendedor?

Certamente, você já ouviu muito essa palavra ao longo de sua vida. Mas, você já parou para pensar no significado da mesma?

Vamos começar dando uma olhada no dicionário para encontrar um significado:

“É a disposição para identificar problemas e oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo.”

Basicamente, podemos dizer que o empreendedor é um inquieto, que tem coragem para tirar as ideias da cabeça e coloca-las em ação, sempre a procura da geração de um impacto positivo. Com essa definição em mente, pode-se entender que o empreendedor, não é somente um empresário, alguém que decida por abrir uma empresa, ele pode ser também um funcionário; porém, vai ser aquele funcionário que sempre irá se destacar, fazendo o que a maioria não faz.

Se formos buscar o significado ao longo do tempo, vamos encontrar algumas peculiaridades. Por exemplo, nos anos 2000 aqui no Brasil se olhássemos um dicionário, não encontraríamos essa palavra. Mas, isso quer dizer que não existia empreendedorismo no Brasil? muito pelo contrário. Existia, e muito. Mas, o termo é que não era muito comum.

O termo “empreendedor – empreendedorismo” remonta ao Século XVII, na França e ele era ligado a expedições militares e significava: assumir empreitada que exigia esforço e muito empenho.

 

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O economista austríaco Joseph A. Schumpeter, no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, publicado em 1942, associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico.Segundo ele, o sistema capitalista tem como característica inerente, uma força que ele denomina de processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese, trata-se de destruir o velho para se criar o novo.Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor.

Somente após os anos 2000 é que esse termo começou a ficar mais falado no mundo dos negócios porque as empresas de tecnologia começaram a prosperar e desse modo, ser empresário começou a ser visto como uma opção de carreira, tanto no mundo offline quando no online.

Empreendedores questionam a realidade e fazem acontecer a evolução todos os dias, em todas as partes do Brasil e do mundo. Ao inovar e solucionar problemas de outras pessoas, de outras empresas ou de toda a sociedade, um empreendedor e seu novo negócio promovem um grande desenvolvimento.

O empreendedorismo pode estar latente ou manifestado de diferentes formas.

Há pessoas com um forte espírito empreendedor que o exercem em diferentes lugares e situações: em casa, quando decidem fazer uma reforma que otimize o espaço; na empresa em que trabalham, quando um projeto precisa ser levado adiante; na vida, quando chega o momento de mudar. Há pessoas que aplicam todo esse potencial em um novo negócio – do tamanho que seja, contribuem gerando empregos para sua comunidade, gerando renda para a economia local, e solucionam uma demanda por meio da inovação. Há ainda pessoas que fazem desse negócio algo muito maior. São empreendedores de alto impacto, que transformam sonhos grandes em iniciativas de alto impacto, revolucionam seus mercados, crescem e fazem crescer, sem pegar atalhos e servindo de exemplo para gerações futuras.

Características do Empreendedor

Embora cada pessoa que decida empreender ou que seja empreendedor seja única, existem algumas características que são comuns a todas. São elas:

Otimismo: sempre ver e esperar o melhor. Sempre acreditar que vai dar certo;

Autoconfiança: o empreendedor precisa acreditar em si mesmo, em seus talentos e opiniões;

Coragem para aceitar riscos: um empreendedor precisa lidar bem com riscos;

Desejo de protagonismo: desejo de ser reconhecido, tomar as rédeas da sua vida e ser pleno;

Resiliência e perseverança: não desistem facilmente. Superam desafios e vão até o fim.

Caso queira saber se você possui essa características ou até mesmo qual seu perfil empreendedor, é só acessar o link:

https://endeavor.org.br/quiz-descubra-qual-seu-perfil-empreendedor/

Como empreender?

Nessa altura, vocês devem estar pensando, como eu faço para fazer ser um empreendedor na minha carreira? A resposta é mais simples do que imagina: empreender.

Bom, mais ou menos simples, pois empreender significa superar desafios, aprender coisas novas, ter e colocar em prática novas ideias. Isso tudo sem falar nas demandas técnicas e práticas como fazer fluxo de caixa, planejamento financeiro e de marketing, gestão de estoque e de pessoas, definição de políticas de bonificação… muitas coisas! E de áreas completamente distintas.

Enfim, se preparar para seguir a carreira empreendedora não é tão simples assim. Não há um curso de MBA que você deva fazer, que te garantirá dominar todos os conhecimentos necessários para tocar e fazer crescer um negócio lucrativo. Mas há algumas ferramentas e recursos – algumas veremos ainda hoje – que podem ajudar, por isso encorajamos que você corra atrás de se capacitar como empreendedor e como gestor!

Vamos focar a partir de agora, a ideia de criação de um negócio, então, sempre que encontrar a palavra Empreendedor, você deve entender que estamos falando de uma pessoa que está abrindo uma empresa. Te damos 7 dicas básicas para começar (e a frente, alguns exercícios para testar):

1 – Encontre pessoas que te complementem

Pense que um empreender, ao começar uma empresa precisa lidar com várias variáveis e é humanamente impossível uma pessoa ser boa em todas as funções de uma empresa. Logo, você precisa identificar seus pontos fortes e fracos, para conseguir achar pessoas que te complementem.

2 – Feito é melhor que perfeito

Não existe momento perfeito e ideias, qualquer um. Portanto, é necessário que você faça. Comece as poucos, gaste pouco, teste com seu público, só não deixe se levar pela inércia.

3 – Fale sua ideia para somente duas pessoas: “Deus e o mundo”

Quando falamos nossa ideia para essas duas “pessoas” citadas acima, você vai conseguir feedback da maioria e uma grande parte, irá querer roubar sua ideia (caso ela seja muito boa). Portanto, quando você fala a alguém, você cria um senso de urgência, para que a aplicação ocorre, antes de outros.

4 – Valide sua ideia

Depois que teve a ideia, o passo seguinte é validar com seu público alvo. Crie maneiras de testar a ideia, sempre gastando o mínimo possível. Caso você tenha interesse em realmente fazer isso, procure por metodologias como Design Thinking e Design Sprint. (No final desse texto, você vai encontrar um resumo sobre essa ideia)

5 – Agora gaste a sola do sapato

Validada a ideia com seu publico alvo, agora é hora de começar a produzir e aumentar as vendas. Tente aumentar a escala, mas ainda vá aprendendo com seus clientes. Depois que você entender como funciona a jornada do seu consumidor, é hora de passar para a próxima etapa.

6 – Estabeleça sua empresa e sempre tenha mente de principiante

Chegou a hora de investir! Abra a empresa formalmente, faça contexto, estabeleço um plano de marketing e uma plano de estratégia para os próximos anos. Lembre-se de manter uma mente de principiante, isso significa, que você entende que ainda precisa aprender e aprimorar sua ideia.

7 – Acredite, acredite e nunca desista

Menter a mente de principiante é tão necessário quanto ter fé. A vida de um empreendedor será sempre cheia de percalços que deve ser conduzido gerando o menor impacto possível na empresa. Ter fé, acreditar é uma boa maneira de convencer seus clientes que vale a pena comprar de sua empresa, como vender algo em que você não compraria/acredita?

 

 

3 – De onde vem as boas ideias?

Vamos tentar entender como cultivar “boas ideias”para melhorar as empresas ou até mesmo, uma ideia de negócio para você poder abrir uma empresa.

É quase senso-comum achar que as ideias, surjam do nada. Você acorda, sem esforço e a ideia está lá. Podemos fazer uma analogia com o surgimento de um coral de recife: por muito tempo, acreditava-se que um coral de recife, era o resultado de parte da movimentação da crosta terrestre, as placas tectônicas se moviam e nesse movimentação acabava fazendo emergir esse coral de recife.

Quando Darwin foi fazer sua celebre viagem no Beagle, ele acabou descobrindo que os recifes surgem através da sedimentação de minúsculas partículas que pairam nas aguas em determinados momentos, essa movimentação de partículas de cálcio vão causando uma aglomeração e por final, acaba surgindo o coral.

Portanto, podemos entender que as boas ideias acabam surgindo quando sabemos de um problema que temos, uma dúvida… e vamos acumulando experiências diferentes, essas experiências vão sendo acumuladas e um dia, podem acabar formando uma ideia de solução.

4 – Design Sprint

Design Sprint, Design Thinking ou Design centrado no ser humano… são terminologia que definem uma metodologia ágil, para os tempos que estamos vivendo.

Por muito tempo, a parte emocional (como design) foi separado dos negócios, em negócios/empresas o que era pregado como essencial era a parte racional. Porém, com a tecnologia + internet chegando e mudando todos os setores que conhecemos, foi necessários que as empresas começassem a prestar mais atenção no consumidor e ao mesmo tempo, ser mais ágil na tomada de decisões. As empresas de tecnologia começaram a unir design + business, começou a dar certo e hoje, muitas empresa de qualquer setores e tamanhos usam essas metodologia para poderem inovar e criar novas soluções.

Jeff Bezzos, fundador e CEO da Amazon diz “se você dobrar o número de experimentos que faz por ano, você vai dobrar a capacidade de se reinventar.”

Entendendo a estrutura do Design sprint, ele pode ser aplicado para qualquer situação, de preferencia com um grupo eclético de pessoas, de desenvolvimento de softwares, procura de soluções para alguma necessidade da empresa, à criação de uma empresa totalmente nova.

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a) Unpack

No primeiro dia da Sprint, seu time vai exteriorizar tudo o que eles sabem sobre a ideia. A expertise normalmente está espalhada em várias cabeças diferentes, e ter certeza que todo mundo está começando alinhado é fundamental para o sucesso do programa. Desenvolvedores sabem de coisas que os designers não sabem, os stakeholders sabem de coisas que os product managers não sabem — e assim por diante. Para facilitar esse processo de “unpack”, você pode propor atividades mais específicas para o grupo (expressar a voz do consumidor, desconstruir o produto atual, definir as métricas de sucesso, etc.).

b) Sketch

No segundo dia, todo mundo rabiscando as ideias. As pessoas vão trabalhar individualmente colocando as soluções para aquele problema/ideia no papel. A ideia é conseguir colocar o máximo possível no papel, sem muita discussão em grupo no começo. Depois que todo mundo rabiscou, é hora do grupo todo ir olhando para cada um dos sketches e discutindo como aquilo poderia funcionar. No fim, existe um sistema estruturado para criticar o trabalho e votar nas melhores soluções — tudo feito muito democraticamente.

c) Decide

Na quarta-feira, vocês já terão pelo menos uma dúzia de ideias para escolherem. O que é ótimo, mas é também um problema — já que vocês não conseguem prototipar 12 ideias em um dia só. Então o objetivo do terceiro dia é simplesmente filtrar as ideias, refiná-las, e no fim do dia escolher uma única ideia que vocês irão prototipar.

d) Prototype

Quinta-feira é o dia de prototipar. É preciso ser ridiculamente produtivo, então é importante aqui escolher ferramentas de prototipagem com as quais vocês já estejam habituados a trabalhar rapidamente. Também é importante planejar todas as atividades do dia logo cedo, incluindo quem faz o quê e de que hora a que hora. A ideia é montar um protótipo daquela ideia até o fim do dia.

e) Test

Sexta-feira é dia de mostrar os protótipos para os potenciais usuários do produto, em sessões individuais. O produto é apresentado para o usuário, ele interage com algumas telas e vai dando feedback em tempo real sobre o que gosta e o que não gosta. No fim do dia vocês se reúnem para discutir o feedback que receberam dos usuários e decidir se a ideia sobrevive ou não.

 

A Ideia do Design Sprint, basicamente é testar uma ideia de negócios ou uma solução de problemas gastando o mínimo possível e testando com o real público consumidor. Uma ideia muito válida para que os empreendedores consigam um resultado rápido para a geração de soluções. Para finalizarmos esse texto, nada melhor que uma frase de um empreendedor brasileiro de alto impacto:

 

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Referências:

Sites:

https://brasil.uxdesign.cc/google-design-sprint-como-funciona-e-como-aplicar-no-seu-projeto-279107363659

https://endeavor.org.br/tudo-sobre/empreendedorismo/?gclid=Cj0KCQiArYDQBRDoARIsAMR8s_S_V3l8cKV8W9b02lfOhuubIRrGGtDJA2bHsVYbdkAo7Qu_uwkzE1waAnjUEALw_wcB

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/o-que-e-ser-empreendedor,ad17080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD

Livros:

Design Sprint (Jack Knapp)

Service Startup (Tenny Pinheiro)

De onde vem as boas ideias (Steven Johnson)

O poder da presença (Amy Cuddy)

 

YWN: Como essa sigla pode ser a chave para sua empresa criar “evangelistas”

A internet possibilitou muitas coisas positivas as empresas, entre elas, o poder de igualar marcas grande e pequenas, principalmente no que tange ao atendimento de um público grande. Hoje, as empresas que conseguem criar uma presença digital, com uma estratégia de atendimento integrada entre os canais online e offline, conseguem criar defensores fieis de sua marca, e consequentemente, aumentam alguns dígitos no seu faturamento.

Quando se trata de criar clientes leais e que defendam e sejam evangelistas da marca no mundo digital, nem todos os clientes são iguais. Alguns segmentos dependem de suas próprias preferências pessoais e do que eles ouvem; assim, a defesa não é importante para eles. Outros, não compartilham sua experiência, satisfeitos ou não. Finalmente, alguns segmentos têm maior tendência a pedir e dar recomendações sobre as marcas. Eles são aqueles que são mais propensos a ser defensores leais e evangelistas da marca.

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Philip Kotler, em seu livro Marketing 4.0, traça uma panorama de três grandes grupos e que após entender cada um, a estratégia de marketing da empresa pode ser definida como objetivo de conquistar tal grupo. Em inglês, esse grupo é conhecido pela sigla YWN (Youth, Women, Netizen). Veremos cada um dos grupos abaixo:

 

Jovens: Mente

Em 2014, foi registado a marca de 1.8 bilhões de pessoas no mundo com idade entre 10 a 24 anos. Maior quantidade de pessoas com essa idade na história mundial e o crescimento continua.

90% dessa população acima, mora em países em desenvolvimento. Isso significa que eles estão enfrentando dificuldades para aumentar o salário e ter uma escalada social. Por isso só, já bastaria para que marcas e empresas ficassem de olho nesse grupo.

Esse público é de fácil engajamento, as marcas precisam de comunicar de maneira bem informal, focando em redes sociais e tecnologia, inovação e celebridades (principalmente as vindas do mundo digital).

Esse grupo na sua grande maioria, podem ser considerados early adopters. Isso significa que eles gostam de surfar as tendências no inicio, não tem medo de experimentar ou pagar caro. Foram por causa deles que empresa e serviços como o – agora extinto- Ipod, Netflix, WhatsApp e até o Spotify deram certo. O que outros ficavam reticentes em experimentar, eles queriam ser os primeiros.

Eles também podem ser considerados formadores de tendências. Que logo serão naturalmente seguida pela população geral. Da mesma maneira que eles podem fazer uma tendência nascer e desenvolver, eles também tem o poder de fazê-la morrer rapidamente.

Aquele estigma que Jovens eram linkados com irresponsabilidade, mudou. Hoje, eles são engajados em causas sociais e querem fazer a diferença no mundo, eles estão mais preocupados com o que acontece ao mundo em sua volta. Veja o exemplo das manifestações políticas encabeçadas por eles.

Isso tudo leva a conclusão de que eles são a chave para influenciar o restante da população/clientes.

Mulheres – Market Share

Mulheres são um grupo que cada vez mais cresce, não em número, mais em influencia, na casa e no trabalho. Eles podem ser dividas em três grupos: donas de casas; donas de casas que planejam trabalhar fora; e que trabalham fora. O dilema que ela precisa sempre resolver é a família x carreira.

Elas compram de maneira diferente, primeiro elas coletam informações sobre a marca e o produto; pesquisam qualidade, preço, características. Fazem essa pesquisa primeiro, online, e depois offline. Elas são compradoras holísticas.

Nessa pesquisa, tudo é considerado: benefícios funcionais, benefícios emocionais e preço. Elas consideram a interação de cada membro da família com a marca e com o produto, antes da compra.

Não são fiéis a marcas e arriscam comprar de marcas não muito conhecidas, desde que passem no critérios criado por elas, naquele momento. Como elas são mais confiantes na hora da compra, eles fazem recomendações do produto-serviço-marca sem medo, essa recomendações podem ser feitas online o offline. Naturalmente, elas são coletoras de informações.

Pesquisas feitas no mundo todo revelam que em média elas são as responsáveis pelas finanças e compras da família, mesmo que elas não contribuam com salário.

Portanto, se sua empresa está querendo aumentar o market share, o seu foco deve ser esse grupo.

Netizens – Coração

Netzen é uma palavra criada pelo junção de duas outras: internet + cidadão. Traduzindo, poderíamos entender como “cidadão da internet”. Esse grupo soma 45% da população mundial ou 3.4 bi de pessoas!

Esse termo foi criado em 1990, por Michael Hauben, ele defini isso como “pessoas através  da internet, além de fronteiras, que se preocupam e trabalham ativamente para desenvolver o mundo e o transformar em um lugar melhor, através da rede. Isso pode acontecer através de fóruns, redes sociais, canais do youtube, Blogs etc.

A hierrarquia desse grupo é a seguinte: 1 – Inativos: espectadores, assistem e lêem conteúdo; 2 – Joiners: Participam ativamente de redes sociais; 3 – Coletores: Usam agregadores de rss, feeds, salvam links, e lêem muitos blogs e sites, além de assinar vários canais do YouTube; 4 – Críticos: Postam comentários em tudo; 5 – Criadores: Criam e publicam conteúdo.

Se sua marca ou empresa precisa de criar uma conexão e ter um grupo para advogar pela sua marca, foque nos Coletores, Críticos e Criadores. Esses grupos tem a capacidade de acabar com a reputação de uma marca, já que se eles não entenderem o objetivo de uma ação da mesma, eles podem começar a criar um “barulho” negativo.

Juntos, YMN – ou Jovens, Mulheres e Netizens – podem ser a chave para criar evangelistas e conquistar o coração, a mente e uma parcela do mercado.

 

Referência consultada:

Marketing 4.0 Moving from Traditional to Digital, Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan

 

Destaque

11 principais erros em um projeto de CRM

Basta jogar CRM no Google e você vai ver a quantidade de artigos sobre. O tempo inteiro vemos manchetes em sites, blogs e Consultores dizendo que devemos “criar um projeto de CRM”. Desse modo, tenho visto muitas pessoas procurando entender o que é CRM e as vezes, sem entender muito como funciona, tentam aplicar, achando que é cool ter um projeto de CRM, mesmo que não entenda muito como funciona. Se você não sabia muito bem o que era CRM, esse post é para você.

CRM, é a sigla de Customer Relationship Management, trocando em miúdos – ou em português – é Gerenciamento de relacionamento com os clientes. Reuni 11 principais erros que as empresas/empresário cometem ao executar esse projeto e tenho certeza que ao terminar de ler, você vai ter uma ideia de como executar o seu próprio projeto.

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1- Achar que você precisa comprar o melhor software disponível no mercado

Sou um fã ardoroso da tecnologia, porque sei o quanto ela facilita nossa vida. Mas, não é verdade absoluta que a tecnologia vai ser o cerne da aplicação do seu projeto de CRM. Obvio que existem inúmeros sites por assinatura ou software que ter ajudam a criar um maior relacionamento com os clientes de maneira fácil e rápida, mas, não importa se você vai pagar uma assinatura ou comprar esse software, se você vai fazer uma planilha no excel ou anotar tudo sobre o cliente no Evernote, o importante é você entender que o CRM tem que servir como uma ponte, ela tem que ser um elo de ligação que facilita a entrega da sua proposta de valor ao cliente e mostre a ele que ele está transacionando com “pessoas” e não com “empresas”.

2- Enviar lindas mensagens (por qualquer meio) e atender de maneira horrenda

Muitas pessoas entendem que o atendimento offline não precisa ter ligação com o online ou vice versa. Se você decide implantar um projeto de CRM, o motivo tem que ser real, não pode ser porque essa é uma palavra que está na moda e você tem vergonha de falar para os amigos que sua empresa ainda não tem um. O motivo tem quer ser genuíno: criar relacionamento com seu cliente. Portanto, você planeja o envio das mensagens online, via correio… e quando o cliente chegar a loja, o atendimento tem que condizer com as mensagens.

3- CRM não é mandar parabéns pelo Facebook

Ok, você pode mandar parabéns pelo Facebook para seus clientes, mas, primeiro: que seja de uma “página” e não de um perfil (empresas tem que ter páginas, perfil é para pessoas – mas isso é conversa para um próximo post) e segundo, hoje em dia, não significa mais nada você enviar mensagens pelo Facebook, já que você manda porque a própria rede social que faz a lembrança e todos os usuários sabem disso. Portanto, se basear nisso para se aproximar de seu cliente é muito pouco.

Use o Facebook para saber o aniversário e mande um cartão pelo correio, receber cartas ativa parte do cérebro responsável por emoções positivas, logo, seu cliente estará atrelando sua marca com uma emoção positiva.

4- Achar que é preciso mandar um “bom dia” pelo WhatsApp – de 2º a 2º

A não ser que seu cliente seja muito carente, para qualquer outra pessoa isso é irritante. Por via das dúvidas, não faça isso.

5- Criar grupos no WhatsApp sem a permissão do cliente

Grupos de WhatsApp de empresas que enviam promoção de hora em hora, servem para irritar clientes e para que eles saibam todos os preços e procuram pelo mesmo produto na internet, as vezes procurando um preço mais barato.

Lembre-se que você está querendo construir em relacionamento com ele, então foque em construir esse relacionamento e que isso o atraia até sua loja (online ou offline).

Se mesmo pensando em tudo isso, você decidir fazer um grupo, peça permissão ao cliente, antes de o inserir.

6- WhatsApp: Poderia ficar falando o resto do post sobre maneira erradas de usar essa ferramenta como uma maneira de criar relacionamento

Parcimônia e bom senso. Não brigue, não seja grosso, não seja invasivo, responda as mensagens da mesma maneira que você conversaria com o cliente, lembre-se que o foco é trazer ela até o local de compra. Ah, capriche no português.

7- CRM não é ficar mandando ofertas todo o dia

Se sua empresa é uma empresa cuja proposta de valor é ter o preço mais baixo, sempre, então vá em frente. Mas, siga as dicas anteriores.

Caso sua proposta de valor seja outra, use a criatividade para mandar mensagens diferentes: na verdade, você precisa conhecer as particularidades do seu cliente.

8- Não ligue todo dia – ou pense muito bem antes de ligar

Pesquisas “DATA EU” revelam que “80%” dos clientes odeiam atender telefones sem estar combinado, portanto, restringe os telefones, a não ser que seja estritamente necessário.

Notem que o tempo inteiro eu estou tentando fazer com que se consiga entender exatamente de que maneira criar relacionamento, sem ser uma coisa “forçada”.

10- CRM não é a tecnologia, mas como você cria o relacionamento

Nessa altura já deu pra entender que um projeto de CRM pode ser feito por qualquer empresa ou qualquer negócio, desde uma pessoas que vende verdura na rua, até uma revendedora de carro.

O que precisa ficar claro, é que a estratégia de criação de relacionamento da empresa, precisa acompanhar a estratégia da empresa de uma maneira holística, ou seja, precisa acontecer em todos os setores, com todos os funcionários… no mundo online e offline.

Lembra da “ponte”? Pois é. Ela precisa conectar e não afastar. Portanto, a tecnologia pode ser um facilitador.

11- Não é errado fazer CRM usando um caderno

De tanto ler post patrocinados de empresas que fazem software de CRM, parece errado usar outro meio, a não ser os softwares. Se você pensa assim, você está errado.

Vale usar papel, rascunho, caderno, aplicativos, planilhas, fichas… enfim, o que sua imaginação permitir. O que não vale, é não usar da maneira correta e criar uma espécie de “asco” toda vez que seu consumidor receber seu contato. CRM é responsabilidade.

***

E você cliente, conhece alguma empresa que é campeã no CRM? Cite ela nos comentários… e se você tem experiência negativas, cite também (sem citar o nome da empresa)…

Canvas: Como criar negócios inovadores (Parte II – final)

Dando continuidade ao post anterior, hoje falaremos dos itens restantes que comporão o seu quadro de modelo de negócios. Se você ainda não leu a primeira parte, é só clicar aqui.

3.Canais

Definido o segmento de clientes e a proposta de valor, será nesse item que a empresas tomará decisões que envolvem a maneira que ela entrara em contato com seu público e entregar a proposta de valor.

Notem, que quando falamos “entrega da proposta de valor”, estamos tentando que se pense na maneira como ela entregara aquilo que foi definido acima, mas também, entregar seu produto ou serviço, e conseguir se comunicar com o público, antes, durante e após a compra.

Os canais podem ser dividir em direto e indireto.

O canal direto, será aquele em que a empresa produzirá o produto e ela mesma se encarregará de entregar ao cliente, ou seja, ela terá todo um controle da cadeia produtiva, desse modo, contará com poucos intermediários entre a fabricação e a entrega. Podemos pensar em empresa que usam o canal direto, o Burger King: você só consegue comprar um hambúrguer dessa marca, na própria loja.

Já no canal indireto, são aquelas empresas que usam intermediários na entrega de seus produtos. Desse modo, ela divido os riscos e dilui a necessidade de um alto financiamento. Pense em uma fábrica de balas, se ela não usar o canal indireto, ela precisará montar toda uma logística até chegar ao cliente final, isso significa que ela produzirá as balas e criará lojas, onde os clientes finais poderão comprar as balas.

Independente de qual canal a empresa escolher, ela vai precisar desenvolver os itens abaixo, que são estágios pelos qual os clientes passarão ao decidir pela sua empresa. Quanto mais elaborado e mais conhecimento a empresa tiver desse estágios, maior a chance de tudo ocorrer da melhor maneira possível, ou seja, a entrega da proposta de valor conseguir ser realmente… entregue. Sabendo que são cinco essas etapas, falaremos de cada uma a seguir.

a)Conhecimento

Como aumentamos o conhecimento sobre nosso produtos e serviços?

b)Avaliação

Como ajudamos os clientes a avaliarem a Proposta de valor de nossa organização?

c)Compra

Como permitimos aos clientes comprar produtos e serviços específicos?

d)Entrega

Como entregamos uma Proposta de valor aos clientes?

e)Pós venda

Como fornecemos apoio pós-venda aos clientes?

4.Relacionamento com os clientes

Uma empresa deve esclarecer o tipo de relação que quer estabelecer com cada segmento de cliente. As relações podem varias desde pessoais até automatizadas. O relacionamento com clientes pode ser guiado pelas seguintes motivação: conquista do cliente, retenção do cliente e ampliação das vendas.

  1. Assistência Pessoal

Baseado na interação humana. Quando a empresa decide se pautar por esse item, ela pode auxiliar o cliente durante o processo de venda ou após ele ter acontecido, por meio de algum representante. Essa assistência pessoal pode acontecer via email, call center ou qualquer outro meio que seja mais agradável para o segmento de cliente.

Hoje em dia, é possível criar os chatbots, que nada mais são do que um chat pré programado, que responde perguntas principais ou mais comuns, simulando uma conversa com um humano.

b) Assistência pessoal dedicada

Nesse item, a assistência pessoal é levada a um nível mais elevado. Ao invés de ter um atendimento genérico, essa atendimento é especializado e único, mais profundo e íntimo. Esse atendimento vai funcionar para pessoas que compram bens ou serviços exclusivos de luxo, por exemplo, quando você vai comprar jóias em Joalherias tradicionals, existem vendedores que atendem a clientes por anos, sabendo os gostos de todo mundo daquela família, ou podemos citar um Gerente de banco que atende clientes de maior renda.

c) Self-Service

A empresa não mantém nenhum relacionamento direto com os clientes, mas fornece todos os meios para que eles se sirvam. Contas bancárias digitais, podem ser um exemplo.

d) Serviços automatizados

Serviços automatizados podem reconhecer clientes individuais e suas características, e oferecer informações sobre pedidos e transações. Hoje em dia, a maioria dos sites de compras online usam essa tipo de serviço, além de passar informações sobre compras, ainda podem oferecer opções de compras baseadas nas últimas transações, quem não usa, pode ser vista com mal olhos pelos clientes.

e) Comunidades

Os clientes cada vez mais querem se sentir parte de uma comunidade. Quando uma empresa consegue agrupar seu segmento de cliente, por meio de uma comunidade, ela consegue melhorar a visão do cliente em relação a empresa. A empresa pode criar uma própria comunidade ou usar o poder de uma existente. A site de resenhas online de viagens a hotéis, Trip Advisor, pode ser um exemplo. As empresas desse setor, podem aproveitar que os clientes usam essa comunidade para expor suas experiências e oferecer um serviço de recompensa para quem fizer review no site.

f) Cocriação

Muitas empresas estão indo além da tradicional relação cliente-vendedor para cocriar valor com os clientes. A Amazon tem espaço no seu próprio site para que os leitores possam fazer resenhas de seus livros, criando valor para outros amantes de livro. Empresa como Netshoes, disponibilizam uma maneira de criar produtos exclusivos, com cores e até o nome bordado, dessa maneira, o cliente está cocriando com a empresa.

5. Fontes de receita

Esse item representa o dinheiro que a empresa gera a partir de seu segmento de clientes (subtraindo os custos da renda, a empresa conhecerá seus lucros).

Um modelo de negócios pode envolver dois tipos diferentes de fontes de receitas:

-Transações resultantes de pagamento único;

-Transações de renda recorrente, podendo ser uma assinatura ou uma taxa de licenciamento.

As empresas por meio de seus Administradores, precisam analisar de que maneiras podem potencializar suas fontes de receita. Muitas empresas ainda estão focadas essencialmente na transação mais comum, que é a compra através de um pagamento único e entrega do produto/serviço ao cliente. Não existe crítica a esse modelo, o que existe é uma visão limitada. As vezes, ela pode oferecer um serviço de assinatura, onde o cliente ficará coberto em relação a possíveis assistências técnicas que vierem a surgir. Cabe uma análise e tentar entender de que maneira, potencializar as vendas.

Para finalizar esse item, a empresa precisa entender e estabelecer preços diferentes – ou não – para condições diferentes: quantidade, distância, forma de pagamento.

6. Recursos principais

Esse componente descreve os recursos mais importantes exigidos para fazer um Modelo de negócios funcionar.

Os recursos principais podem ser categorizados como:

A)Físico

Esse categoria inclui recursos físicos como fábricas, edifícios, veículos, máquinas, sistema e pontos de vendas. Grandes redes de supermercados, tem nesse item um recurso principal, porque ela precisa de um espaço para conseguir realizar suas atividades.

B)Intelectual

Recursos intelectuais, como marcas, conhecimentos particulares, patentes e registros, parcerias e bancos de dados.

C)Humano

Toda empresa precisa de recursos humanos para o seu bom funcionamento, mas em alguns casos, sem esses recursos humanos especifico, não haverá como entregar a proposta de valor. Por exemplo, uma Universidade pode estar bem localizada, e ter uma boa infraestrutura, mas se ela não conseguir um bom corpo docente, não conseguirá conquistar seus clientes.

D)Financeiro

Todas as empresa precisa de dinheiro, mas somente algumas tem em seu core business a necessidade de dinheiro. Um Banco pode ter todos os itens anteriores citados, mas se tiver pouco capital financeiro, não conseguirá entregar sua proposta de valor.

 

7. Atividades chaves

Nesse item será descrito as ações mais importantes que uma empresa deve realizar para seu modelo de negócio funcionar.

Ela pode responder a seguinte perguntar para ajudar a entender qual será sua atividade chave:

Que atividades chaves nosso proposta de valor, canal de distribuição, relacionamento com clientes e fontes de receita requerem?

Elas podem ser categorizadas em três itens:

A)Produção

Relacionado com desenvolvimento, fabricação e entrega de produtos em quantidades delimitadas e qualidade superior.

B)Resolução de problemas

Relacionam-se com novas soluções para problemas de clientes específicos. Um Hospital e uma empresa de Consultoria, tem como atividade chave a resolução de problemas.

8. Parcerias principais

Descreve a rede de fornecedores e parcerias que poēm a empresa para funcionar.

Nesse item, é necessário conhecer quais são os fornecedores que são essenciais para a entrega da proposta de valor e quais são aqueles em que é possível criar uma parceria e de que maneira essa parceria será formada.

Essa análise é necessária, porque consegue-se mensurar de que maneira a empresa pode diminuir seu risco em ficar na mão do fornecedor.

9. Estrutura de custos

Descreve todos os custos envolvidos na operação da empresa (ou modelo de negócio). Para a empresa conseguir produzir e fazer essa produção chegar até seu cliente, existe um custo. Alguns modelos de negócios podem ser mais direcionadas para o custo e outros, mais para valor.

A)Voltada para custos

As empresas voltadas para custos, se concentram e minimizar os gastos sempre. Quando ela entende que sua proposta de valor é o preços baixo, ela deve estruturar toda a sua empresa e seguir estritamente o orçamento estabelecido.

B)Voltada para valor

Algumas empresas estão menos preocupadas com os custos e mais com sua entrega de valor. Propostas de alto nível de personalização frequentemente caracterizam modelos de negócios direcionados pelo valor. Um Resort de Luxo, com ambiente se serviços extravagantes estão nesse nessa categoria.

ESSENCIAL:

C)Custos fixos e variáveis

Independentemente se sua empresa está direcionado para custos ou valor, ela deverá conhecer minuciosamente quais são seus custos fixos e variáveis. Os custos fixos, são aqueles que permanecem os mesmos apesar do volume de artigos ou serviços produzidos, exemplo salários e alugueis. Já os variáveis são os que sofrem alterações proporcionalmente com o volume de artigos ou serviços produzidos, matérias primas são um exemplo.

 

O Canvas é uma ferramenta que permite um vislumbre de sua empresa, através de uma visão 360º. Você consegue entender seu modelo de negócios e com esse entendimento, surge maneira e ideias para melhorar e inovar. Separe um tempo do seu dia e desenhe sua empresa, com certeza, novas ideias ou visões irão surgir.

 

 

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Fonte:

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Canvas – Inovação em Modelos de Negócios. Um Manual para Visionários, Inovadores e Revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.

Canvas: Como criar negócios inovadores (Parte I)

Todos sabemos que no Brasil – e no mundo – o que movimenta a economia e emprega o maior número de pessoas (com carteira assinada ou não) são as micro e pequenas empresas. E nessas mesmas empresas, existe um alto índice de mortalidade.

Isto pode ser devido a uma visão um pouco míope do mercado, muitas vezes o empreendedor que decidiu arriscar seu dinheiro no desenvolvimento de uma empresa, tem um conhecimento técnico do negócio e pouco – ou quase nenhum – conhecimento gerencial. Sem o conhecimento gerencial, muitas vezes não se consegue enxergar as oportunidades e até mesmo se preparar para as mesmas. Seguindo o lema de que tempo é dinheiro, o empresário se vê preso em uma rede de tarefas técnicas com um misto de tarefas gerencias urgentes e isso acaba fazendo-o optar pelas tarefas técnicas.

Quando esse empreendedor decide buscar ajuda para gerenciar a empresa de uma melhor maneira, muitas vezes o academicismo de algumas teorias dispostas em livros, o acaba afastando. Desse modo o conhecimento gerencial acaba ficando restrito a grandes empresa, que tem seus executivos formados em grandes Escolas de Administração e dominam essa linguagem. O que acaba resultando é que as empresas maiores, acabam sendo mais perenes e as pequenas e médias, acabam tendo uma dificuldade maior para crescer – quando elas conseguem sobreviver.

Pensando nisso, eu sempre que posso, crio alguns posts, tentando trazer as melhores ferramentas do mundo da Administração de uma maneira que fique mais fácil seu entendimento e principalmente sua aplicação. Uma ferramenta que eu considero muito importante é Quadro do modelo de negócios, essa ferramenta também pode ser encontrado pelo nome de Canvas. Ela foi criada por Alexander Osterwalder e deu origem ao livro Business Model Generation, publicado no Brasil pela Alta Books. O autor dessa ferramenta, criou a mesma, justamente para a popularizar e ajudar no desenvolvimento desse tipo de empresa.

Osterwalder, brilhantemente, cria uma ferramenta de fácil aprendizado, em que você consegue enxergar o modelo atual de negócios* de sua empresa (se ela já existe ou se ainda vai existir) e na sequência, consegue criar alterações para que esse negócios se torne mais inovador, consiga atingir um público que até então não era visto. Para tanto ele cria um design em que você consegue olhar sua empresa de uma maneira holística, desde os clientes até a maneira como você vai distribuir sua proposta de valor. Na foto acima, conseguimos visualizar os 9 itens que irão compor o Canvas.

Basicamente:

*Um Modelo de Negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.

Essa ferramenta, proporciona um olhar para a empresa de uma maneira holística, entendendo de que maneira se está criando valor para um segmento de clientes, e de que maneira nessa criação, há uma captura de valor por parte da empresa.

Irei, nesse post, explicar o que analisar e de que maneira entender cada item – do total de 9 – que compõem o Canvas.

1. Segmento de Clientes

Os clientes são a razão da existência de toda e qualquer empresa, sem eles, nenhuma empresa sobrevive. Existe um ditado empresarial que diz: “Venda cura qualquer coisa”, logo, já dá pra entender o tamanho da importância. Para que acontece uma melhor satisfação, é necessário que se entenda exatamente quem são os seu clientes. Uma maneira de fazer isso é separar os clientes por grupos, em segmentos distintos, mais com necessidades, comportamentos e outros atributos em comum. Feito isso, a empresa consegue entender exatamente em qual segmento ela irá servir e qual ela irá ignorar.

Você desenvolver melhor sua ideia em relação a esse item respondendo as seguintes perguntas:

Para quem estamos criando valor?

Quem são nossos consumidores mais importantes (ou quem são os consumidores que são responsáveis por 80% da renda total da empresa?)

Atenção! grupos de cliente podem representar segmentos diferentes se tiver correspondência com algum dos itens abaixo:

a)Sua necessidades exigem e justificam uma oferta diferente;

b)São alcançadas por canais de distribuição diferentes;

c)Exigem diferentes tipos de relacionamento;

d)Têm lucratividade substancialmente diferentes;

e)Estão dispostas a pagar por aspectos diferentes de oferta.

Existem diversos tipos de segmentos de clientes, caba a cada empresa existente e aos futuros empreendedores pesquisarem e entenderem o seu especifico.

2. Proposta de Valor

A proposta de Valor é o motivo pelo qual os clientes escolhem a sua empresa em relação a seu concorrente ou vice versa. Ela deve resolver um problema ou satisfazer uma necessidade do consumidor. Cada proposta de valor é um pacote específico que supre as exigências de um Segmentos de clientes especifico. Nesse sentido, a Proposta de Valor é uma agregação ou conjuntos de benefícios que uma empresa oferece ao clientes.

Algumas Proposta de valor podem representar uma oferta inovadora. Outras podem ser similares a outras já existentes, mas com características e atributos adicionais.

Você desenvolver melhor sua ideia em relação a esse item respondendo as seguintes perguntas:

Que valor entregamos ao cliente?

Qual problema estamos ajudando a resolver?

Que necessidade estamos satisfazendo?

Que conjunto de produtos e serviços estamos oferecendo para cada Segmento de clientes?

Os valores podem ser qualitativos ou quantitativos, o importante é que ele sempre satisfaça uma necessidade de um segmento especifico, com uma combinação única. Vou descrer abaixo uma lista que pode contribuir para a criação de valor para seu cliente:

2.1 Novidade: Satisfazem conjuntos novos de necessidade (as vezes os clientes não sabiam que tinham); Nem sempre tem relação com tecnologia. Empresas como a brasileira Chili Beans, lançam semanalmente uma coleção de óculos, isso faz com que toda semana exista uma novidade, consequentemente acaba gerando mais procura e mais visitas as lojas e ao site, redes sociais, para que possam ver os lançamentos.

2.2. Desempenho: Maneira tradicional de criar valor é melhorar desempenho. Quando uma empresa decide tornar isso como o cerne de sua existência, ela precisa fazer alguns upgrades pontuais na maneira como ela entrega um produto ou serviço. Exemplo de empresas que fazem isso, são as empresas de smartphone. Quando eles fazem o lançamento de um aparelho, sua equipe de P&D(Pesquisa e Desenvolvimento) já está trabalhando para que o próximo aparelho tenha uma velocidade de processamento – ou desempenho geral – melhor e mais rápida do que o atual.

2.3. Personalização: Adequação de produtos e serviços as necessidades especificas de clientes individuais ou segmento de clientes

2.4. Design: Alguns produtos tem como design o ponto alto, ou sua proposta de valor. Exemplo de indústrias que usam muito isso, são as indústrias de moda, eletrônicos e até móveis.

2.5. Marca/Status: Clientes podem considerar valor o simples ato de usar uma marca especifica. Nesse caso o especifico o que deve acontecer é um trabalho de fortalecimento da marca ou Branding. Podemos entender que a Nike ou Apple tem sua proposta de valor focada nesse item, experimente tirar a etiqueta de um tênis da Nike ou tirar o símbolo da Apple de um device e em seguida tente vende-lo pelo mesmo preço, com toda certeza a dificuldade será muito maior do que se tivesse a marca estampada.

2.6. Preço: Oferecer valores similares por um preço menor. Empresas chamadas de talibã, tem seu foco nessa proposta de valor. Não é vergonha nenhuma atender a um público que é sensível a preços, existem empresas muito bem sucedidas com foco nesse proposta de valor. O interessante nesse item é focar no desenvolvimento de um benchmarking bem feito: se inspira nas melhores e faça na sua empresas com um custo e preço final menor. A Gol Linhas Aéreas, começou e se popularizou justamente com essa proposta de valor.

2.7. Redução de Custos: Ajudar clientes a reduzir custos. ZeroPaper.com, um serviço de assinatura em que você paga mensalmente um valor, e consegue criar um controle de contas a pagar e receber de sua empresa, de maneira fácil e simples, ao invés de comprar um software.

2.8. Redução de Riscos: Clientes valorizam a redução de riscos ao comprar produtos / serviços. Quando ao comprar um produto, você ofereça uma forma de minimizar riscos, está aumentando o valor psicológico sobre seu produto, pense em carros que dão 5 anos de garantia e em como criamos um viés positivo sobre essa mesma empresa.

2.9. Acessibilidade: Tornar produtos e serviços acessível à clientes é uma outra maneira de criar valor. Um exemplo é que você quer investir em imóveis, mas não tem dinheiro para comprar um, pensando nisso os bancos e corretoras de investimentos criaram os fundos imobiliarios, onde você compra uma cota e recebe a lucratividade sobre a sua cota.

2.10. Conveniência: Deixar produtos mais fáceis para usar. Qualquer empresa que olha algum serviço ou produto existente e decide por facilitar seu uso, está tendo isso como “valor”. Pense na maneira como ouvimos música, primeiro comprando vinil, depois fitas k7, depois Cd’s, depois Mp3 e hoje via streaming, esses serviços de streaming deixaram a maneira de ouvir música mais fácil, logo, mais conveniente.

Essas são sugestões de propostas de valor. Existem inúmeras, cada empresa pode criar a sua própria pensando exatamente em comover um segmento de público específico.

3. Canais

Falaremos desse item e de outros, no próximo post.

Sei que esse artigo ficou longo, mas, ficou longo o necessário para poder contextualizar e explicar o inicio da modelagem de negócios inovadores. Vou dividir esse post por partes, para ficar mais fácil o entendimento. Até o próximo.

 

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Fonte:

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Canvas – Inovação em Modelos de Negócios. Um Manual para Visionários, Inovadores e Revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.