Canvas: Como criar negócios inovadores (Parte II – final)

Dando continuidade ao post anterior, hoje falaremos dos itens restantes que comporão o seu quadro de modelo de negócios. Se você ainda não leu a primeira parte, é só clicar aqui.

3.Canais

Definido o segmento de clientes e a proposta de valor, será nesse item que a empresas tomará decisões que envolvem a maneira que ela entrara em contato com seu público e entregar a proposta de valor.

Notem, que quando falamos “entrega da proposta de valor”, estamos tentando que se pense na maneira como ela entregara aquilo que foi definido acima, mas também, entregar seu produto ou serviço, e conseguir se comunicar com o público, antes, durante e após a compra.

Os canais podem ser dividir em direto e indireto.

O canal direto, será aquele em que a empresa produzirá o produto e ela mesma se encarregará de entregar ao cliente, ou seja, ela terá todo um controle da cadeia produtiva, desse modo, contará com poucos intermediários entre a fabricação e a entrega. Podemos pensar em empresa que usam o canal direto, o Burger King: você só consegue comprar um hambúrguer dessa marca, na própria loja.

Já no canal indireto, são aquelas empresas que usam intermediários na entrega de seus produtos. Desse modo, ela divido os riscos e dilui a necessidade de um alto financiamento. Pense em uma fábrica de balas, se ela não usar o canal indireto, ela precisará montar toda uma logística até chegar ao cliente final, isso significa que ela produzirá as balas e criará lojas, onde os clientes finais poderão comprar as balas.

Independente de qual canal a empresa escolher, ela vai precisar desenvolver os itens abaixo, que são estágios pelos qual os clientes passarão ao decidir pela sua empresa. Quanto mais elaborado e mais conhecimento a empresa tiver desse estágios, maior a chance de tudo ocorrer da melhor maneira possível, ou seja, a entrega da proposta de valor conseguir ser realmente… entregue. Sabendo que são cinco essas etapas, falaremos de cada uma a seguir.

a)Conhecimento

Como aumentamos o conhecimento sobre nosso produtos e serviços?

b)Avaliação

Como ajudamos os clientes a avaliarem a Proposta de valor de nossa organização?

c)Compra

Como permitimos aos clientes comprar produtos e serviços específicos?

d)Entrega

Como entregamos uma Proposta de valor aos clientes?

e)Pós venda

Como fornecemos apoio pós-venda aos clientes?

4.Relacionamento com os clientes

Uma empresa deve esclarecer o tipo de relação que quer estabelecer com cada segmento de cliente. As relações podem varias desde pessoais até automatizadas. O relacionamento com clientes pode ser guiado pelas seguintes motivação: conquista do cliente, retenção do cliente e ampliação das vendas.

  1. Assistência Pessoal

Baseado na interação humana. Quando a empresa decide se pautar por esse item, ela pode auxiliar o cliente durante o processo de venda ou após ele ter acontecido, por meio de algum representante. Essa assistência pessoal pode acontecer via email, call center ou qualquer outro meio que seja mais agradável para o segmento de cliente.

Hoje em dia, é possível criar os chatbots, que nada mais são do que um chat pré programado, que responde perguntas principais ou mais comuns, simulando uma conversa com um humano.

b) Assistência pessoal dedicada

Nesse item, a assistência pessoal é levada a um nível mais elevado. Ao invés de ter um atendimento genérico, essa atendimento é especializado e único, mais profundo e íntimo. Esse atendimento vai funcionar para pessoas que compram bens ou serviços exclusivos de luxo, por exemplo, quando você vai comprar jóias em Joalherias tradicionals, existem vendedores que atendem a clientes por anos, sabendo os gostos de todo mundo daquela família, ou podemos citar um Gerente de banco que atende clientes de maior renda.

c) Self-Service

A empresa não mantém nenhum relacionamento direto com os clientes, mas fornece todos os meios para que eles se sirvam. Contas bancárias digitais, podem ser um exemplo.

d) Serviços automatizados

Serviços automatizados podem reconhecer clientes individuais e suas características, e oferecer informações sobre pedidos e transações. Hoje em dia, a maioria dos sites de compras online usam essa tipo de serviço, além de passar informações sobre compras, ainda podem oferecer opções de compras baseadas nas últimas transações, quem não usa, pode ser vista com mal olhos pelos clientes.

e) Comunidades

Os clientes cada vez mais querem se sentir parte de uma comunidade. Quando uma empresa consegue agrupar seu segmento de cliente, por meio de uma comunidade, ela consegue melhorar a visão do cliente em relação a empresa. A empresa pode criar uma própria comunidade ou usar o poder de uma existente. A site de resenhas online de viagens a hotéis, Trip Advisor, pode ser um exemplo. As empresas desse setor, podem aproveitar que os clientes usam essa comunidade para expor suas experiências e oferecer um serviço de recompensa para quem fizer review no site.

f) Cocriação

Muitas empresas estão indo além da tradicional relação cliente-vendedor para cocriar valor com os clientes. A Amazon tem espaço no seu próprio site para que os leitores possam fazer resenhas de seus livros, criando valor para outros amantes de livro. Empresa como Netshoes, disponibilizam uma maneira de criar produtos exclusivos, com cores e até o nome bordado, dessa maneira, o cliente está cocriando com a empresa.

5. Fontes de receita

Esse item representa o dinheiro que a empresa gera a partir de seu segmento de clientes (subtraindo os custos da renda, a empresa conhecerá seus lucros).

Um modelo de negócios pode envolver dois tipos diferentes de fontes de receitas:

-Transações resultantes de pagamento único;

-Transações de renda recorrente, podendo ser uma assinatura ou uma taxa de licenciamento.

As empresas por meio de seus Administradores, precisam analisar de que maneiras podem potencializar suas fontes de receita. Muitas empresas ainda estão focadas essencialmente na transação mais comum, que é a compra através de um pagamento único e entrega do produto/serviço ao cliente. Não existe crítica a esse modelo, o que existe é uma visão limitada. As vezes, ela pode oferecer um serviço de assinatura, onde o cliente ficará coberto em relação a possíveis assistências técnicas que vierem a surgir. Cabe uma análise e tentar entender de que maneira, potencializar as vendas.

Para finalizar esse item, a empresa precisa entender e estabelecer preços diferentes – ou não – para condições diferentes: quantidade, distância, forma de pagamento.

6. Recursos principais

Esse componente descreve os recursos mais importantes exigidos para fazer um Modelo de negócios funcionar.

Os recursos principais podem ser categorizados como:

A)Físico

Esse categoria inclui recursos físicos como fábricas, edifícios, veículos, máquinas, sistema e pontos de vendas. Grandes redes de supermercados, tem nesse item um recurso principal, porque ela precisa de um espaço para conseguir realizar suas atividades.

B)Intelectual

Recursos intelectuais, como marcas, conhecimentos particulares, patentes e registros, parcerias e bancos de dados.

C)Humano

Toda empresa precisa de recursos humanos para o seu bom funcionamento, mas em alguns casos, sem esses recursos humanos especifico, não haverá como entregar a proposta de valor. Por exemplo, uma Universidade pode estar bem localizada, e ter uma boa infraestrutura, mas se ela não conseguir um bom corpo docente, não conseguirá conquistar seus clientes.

D)Financeiro

Todas as empresa precisa de dinheiro, mas somente algumas tem em seu core business a necessidade de dinheiro. Um Banco pode ter todos os itens anteriores citados, mas se tiver pouco capital financeiro, não conseguirá entregar sua proposta de valor.

 

7. Atividades chaves

Nesse item será descrito as ações mais importantes que uma empresa deve realizar para seu modelo de negócio funcionar.

Ela pode responder a seguinte perguntar para ajudar a entender qual será sua atividade chave:

Que atividades chaves nosso proposta de valor, canal de distribuição, relacionamento com clientes e fontes de receita requerem?

Elas podem ser categorizadas em três itens:

A)Produção

Relacionado com desenvolvimento, fabricação e entrega de produtos em quantidades delimitadas e qualidade superior.

B)Resolução de problemas

Relacionam-se com novas soluções para problemas de clientes específicos. Um Hospital e uma empresa de Consultoria, tem como atividade chave a resolução de problemas.

8. Parcerias principais

Descreve a rede de fornecedores e parcerias que poēm a empresa para funcionar.

Nesse item, é necessário conhecer quais são os fornecedores que são essenciais para a entrega da proposta de valor e quais são aqueles em que é possível criar uma parceria e de que maneira essa parceria será formada.

Essa análise é necessária, porque consegue-se mensurar de que maneira a empresa pode diminuir seu risco em ficar na mão do fornecedor.

9. Estrutura de custos

Descreve todos os custos envolvidos na operação da empresa (ou modelo de negócio). Para a empresa conseguir produzir e fazer essa produção chegar até seu cliente, existe um custo. Alguns modelos de negócios podem ser mais direcionadas para o custo e outros, mais para valor.

A)Voltada para custos

As empresas voltadas para custos, se concentram e minimizar os gastos sempre. Quando ela entende que sua proposta de valor é o preços baixo, ela deve estruturar toda a sua empresa e seguir estritamente o orçamento estabelecido.

B)Voltada para valor

Algumas empresas estão menos preocupadas com os custos e mais com sua entrega de valor. Propostas de alto nível de personalização frequentemente caracterizam modelos de negócios direcionados pelo valor. Um Resort de Luxo, com ambiente se serviços extravagantes estão nesse nessa categoria.

ESSENCIAL:

C)Custos fixos e variáveis

Independentemente se sua empresa está direcionado para custos ou valor, ela deverá conhecer minuciosamente quais são seus custos fixos e variáveis. Os custos fixos, são aqueles que permanecem os mesmos apesar do volume de artigos ou serviços produzidos, exemplo salários e alugueis. Já os variáveis são os que sofrem alterações proporcionalmente com o volume de artigos ou serviços produzidos, matérias primas são um exemplo.

 

O Canvas é uma ferramenta que permite um vislumbre de sua empresa, através de uma visão 360º. Você consegue entender seu modelo de negócios e com esse entendimento, surge maneira e ideias para melhorar e inovar. Separe um tempo do seu dia e desenhe sua empresa, com certeza, novas ideias ou visões irão surgir.

 

 

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Fonte:

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Canvas – Inovação em Modelos de Negócios. Um Manual para Visionários, Inovadores e Revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.

Canvas: Como criar negócios inovadores (Parte I)

Todos sabemos que no Brasil – e no mundo – o que movimenta a economia e emprega o maior número de pessoas (com carteira assinada ou não) são as micro e pequenas empresas. E nessas mesmas empresas, existe um alto índice de mortalidade.

Isto pode ser devido a uma visão um pouco míope do mercado, muitas vezes o empreendedor que decidiu arriscar seu dinheiro no desenvolvimento de uma empresa, tem um conhecimento técnico do negócio e pouco – ou quase nenhum – conhecimento gerencial. Sem o conhecimento gerencial, muitas vezes não se consegue enxergar as oportunidades e até mesmo se preparar para as mesmas. Seguindo o lema de que tempo é dinheiro, o empresário se vê preso em uma rede de tarefas técnicas com um misto de tarefas gerencias urgentes e isso acaba fazendo-o optar pelas tarefas técnicas.

Quando esse empreendedor decide buscar ajuda para gerenciar a empresa de uma melhor maneira, muitas vezes o academicismo de algumas teorias dispostas em livros, o acaba afastando. Desse modo o conhecimento gerencial acaba ficando restrito a grandes empresa, que tem seus executivos formados em grandes Escolas de Administração e dominam essa linguagem. O que acaba resultando é que as empresas maiores, acabam sendo mais perenes e as pequenas e médias, acabam tendo uma dificuldade maior para crescer – quando elas conseguem sobreviver.

Pensando nisso, eu sempre que posso, crio alguns posts, tentando trazer as melhores ferramentas do mundo da Administração de uma maneira que fique mais fácil seu entendimento e principalmente sua aplicação. Uma ferramenta que eu considero muito importante é Quadro do modelo de negócios, essa ferramenta também pode ser encontrado pelo nome de Canvas. Ela foi criada por Alexander Osterwalder e deu origem ao livro Business Model Generation, publicado no Brasil pela Alta Books. O autor dessa ferramenta, criou a mesma, justamente para a popularizar e ajudar no desenvolvimento desse tipo de empresa.

Osterwalder, brilhantemente, cria uma ferramenta de fácil aprendizado, em que você consegue enxergar o modelo atual de negócios* de sua empresa (se ela já existe ou se ainda vai existir) e na sequência, consegue criar alterações para que esse negócios se torne mais inovador, consiga atingir um público que até então não era visto. Para tanto ele cria um design em que você consegue olhar sua empresa de uma maneira holística, desde os clientes até a maneira como você vai distribuir sua proposta de valor. Na foto acima, conseguimos visualizar os 9 itens que irão compor o Canvas.

Basicamente:

*Um Modelo de Negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.

Essa ferramenta, proporciona um olhar para a empresa de uma maneira holística, entendendo de que maneira se está criando valor para um segmento de clientes, e de que maneira nessa criação, há uma captura de valor por parte da empresa.

Irei, nesse post, explicar o que analisar e de que maneira entender cada item – do total de 9 – que compõem o Canvas.

1. Segmento de Clientes

Os clientes são a razão da existência de toda e qualquer empresa, sem eles, nenhuma empresa sobrevive. Existe um ditado empresarial que diz: “Venda cura qualquer coisa”, logo, já dá pra entender o tamanho da importância. Para que acontece uma melhor satisfação, é necessário que se entenda exatamente quem são os seu clientes. Uma maneira de fazer isso é separar os clientes por grupos, em segmentos distintos, mais com necessidades, comportamentos e outros atributos em comum. Feito isso, a empresa consegue entender exatamente em qual segmento ela irá servir e qual ela irá ignorar.

Você desenvolver melhor sua ideia em relação a esse item respondendo as seguintes perguntas:

Para quem estamos criando valor?

Quem são nossos consumidores mais importantes (ou quem são os consumidores que são responsáveis por 80% da renda total da empresa?)

Atenção! grupos de cliente podem representar segmentos diferentes se tiver correspondência com algum dos itens abaixo:

a)Sua necessidades exigem e justificam uma oferta diferente;

b)São alcançadas por canais de distribuição diferentes;

c)Exigem diferentes tipos de relacionamento;

d)Têm lucratividade substancialmente diferentes;

e)Estão dispostas a pagar por aspectos diferentes de oferta.

Existem diversos tipos de segmentos de clientes, caba a cada empresa existente e aos futuros empreendedores pesquisarem e entenderem o seu especifico.

2. Proposta de Valor

A proposta de Valor é o motivo pelo qual os clientes escolhem a sua empresa em relação a seu concorrente ou vice versa. Ela deve resolver um problema ou satisfazer uma necessidade do consumidor. Cada proposta de valor é um pacote específico que supre as exigências de um Segmentos de clientes especifico. Nesse sentido, a Proposta de Valor é uma agregação ou conjuntos de benefícios que uma empresa oferece ao clientes.

Algumas Proposta de valor podem representar uma oferta inovadora. Outras podem ser similares a outras já existentes, mas com características e atributos adicionais.

Você desenvolver melhor sua ideia em relação a esse item respondendo as seguintes perguntas:

Que valor entregamos ao cliente?

Qual problema estamos ajudando a resolver?

Que necessidade estamos satisfazendo?

Que conjunto de produtos e serviços estamos oferecendo para cada Segmento de clientes?

Os valores podem ser qualitativos ou quantitativos, o importante é que ele sempre satisfaça uma necessidade de um segmento especifico, com uma combinação única. Vou descrer abaixo uma lista que pode contribuir para a criação de valor para seu cliente:

2.1 Novidade: Satisfazem conjuntos novos de necessidade (as vezes os clientes não sabiam que tinham); Nem sempre tem relação com tecnologia. Empresas como a brasileira Chili Beans, lançam semanalmente uma coleção de óculos, isso faz com que toda semana exista uma novidade, consequentemente acaba gerando mais procura e mais visitas as lojas e ao site, redes sociais, para que possam ver os lançamentos.

2.2. Desempenho: Maneira tradicional de criar valor é melhorar desempenho. Quando uma empresa decide tornar isso como o cerne de sua existência, ela precisa fazer alguns upgrades pontuais na maneira como ela entrega um produto ou serviço. Exemplo de empresas que fazem isso, são as empresas de smartphone. Quando eles fazem o lançamento de um aparelho, sua equipe de P&D(Pesquisa e Desenvolvimento) já está trabalhando para que o próximo aparelho tenha uma velocidade de processamento – ou desempenho geral – melhor e mais rápida do que o atual.

2.3. Personalização: Adequação de produtos e serviços as necessidades especificas de clientes individuais ou segmento de clientes

2.4. Design: Alguns produtos tem como design o ponto alto, ou sua proposta de valor. Exemplo de indústrias que usam muito isso, são as indústrias de moda, eletrônicos e até móveis.

2.5. Marca/Status: Clientes podem considerar valor o simples ato de usar uma marca especifica. Nesse caso o especifico o que deve acontecer é um trabalho de fortalecimento da marca ou Branding. Podemos entender que a Nike ou Apple tem sua proposta de valor focada nesse item, experimente tirar a etiqueta de um tênis da Nike ou tirar o símbolo da Apple de um device e em seguida tente vende-lo pelo mesmo preço, com toda certeza a dificuldade será muito maior do que se tivesse a marca estampada.

2.6. Preço: Oferecer valores similares por um preço menor. Empresas chamadas de talibã, tem seu foco nessa proposta de valor. Não é vergonha nenhuma atender a um público que é sensível a preços, existem empresas muito bem sucedidas com foco nesse proposta de valor. O interessante nesse item é focar no desenvolvimento de um benchmarking bem feito: se inspira nas melhores e faça na sua empresas com um custo e preço final menor. A Gol Linhas Aéreas, começou e se popularizou justamente com essa proposta de valor.

2.7. Redução de Custos: Ajudar clientes a reduzir custos. ZeroPaper.com, um serviço de assinatura em que você paga mensalmente um valor, e consegue criar um controle de contas a pagar e receber de sua empresa, de maneira fácil e simples, ao invés de comprar um software.

2.8. Redução de Riscos: Clientes valorizam a redução de riscos ao comprar produtos / serviços. Quando ao comprar um produto, você ofereça uma forma de minimizar riscos, está aumentando o valor psicológico sobre seu produto, pense em carros que dão 5 anos de garantia e em como criamos um viés positivo sobre essa mesma empresa.

2.9. Acessibilidade: Tornar produtos e serviços acessível à clientes é uma outra maneira de criar valor. Um exemplo é que você quer investir em imóveis, mas não tem dinheiro para comprar um, pensando nisso os bancos e corretoras de investimentos criaram os fundos imobiliarios, onde você compra uma cota e recebe a lucratividade sobre a sua cota.

2.10. Conveniência: Deixar produtos mais fáceis para usar. Qualquer empresa que olha algum serviço ou produto existente e decide por facilitar seu uso, está tendo isso como “valor”. Pense na maneira como ouvimos música, primeiro comprando vinil, depois fitas k7, depois Cd’s, depois Mp3 e hoje via streaming, esses serviços de streaming deixaram a maneira de ouvir música mais fácil, logo, mais conveniente.

Essas são sugestões de propostas de valor. Existem inúmeras, cada empresa pode criar a sua própria pensando exatamente em comover um segmento de público específico.

3. Canais

Falaremos desse item e de outros, no próximo post.

Sei que esse artigo ficou longo, mas, ficou longo o necessário para poder contextualizar e explicar o inicio da modelagem de negócios inovadores. Vou dividir esse post por partes, para ficar mais fácil o entendimento. Até o próximo.

 

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Fonte:

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Canvas – Inovação em Modelos de Negócios. Um Manual para Visionários, Inovadores e Revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.

 

10 palavras para apagar do seu vocabulário

De uma comunicação profissional até em conselhos para carreira, estas 10 palavras surgem nas conversas entre empreendedores e executivos, mas não significam nada e não levam a lugar algum. Apague-as do seu vocabulário imediatamente!

 

Se for pra repetir essas palavras, não fale!
Se for pra repetir essas palavras, não fale!

1- Hum…

Josh Tolan, Presidente da Job matching , chama isto de “onomatopéia inarticulada”, faz você parecer indeciso e pobre em idéias.

2 – Não consigo!

Henry Devries, co-autor do livro Closing America’s Job gap (ainda sem tradução para o português) e Professor da Universidade da Califórnia, diz que a frase “não consigo” significa “eu não farei” ou “eu não sei como”. Uma melhor forma de usá-lá é substituir por “eu quero aprender como se faz”.

3 – Gosto

Nancy Mobley, fundadora da consultoria Insigth performance , diz que quando “gosto” é usado sozinha, mostra um vocabulário pobre. Fala sinceramente se você não gostou e porque, ou diga que gostou e porque!

4 – Nunca

“Não abuse da sorte”, diz Dale Austin, Diretor do Centro de desenvolvimento de carreira na Hope College. “Nunca” elimina qualquer possibilidade de desenvolver uma idéia e ainda faz você parecer alguém sem coragem.

5 – Mas

Darlene Price, autora de Well sais (ainda sem tradução para o português) diz que a palavra “mas”, nega tudo que veio antes dela. Ela sugere então, substituir pela palavra “e” ou reformula a frase.

6 – Inovador

Esta é usada com freqüência nas terras do Linkedin. Sempre sai na lista das palavras mais usadas em negócios. Risque ela do seu vocabulário e do seu currículo. Apesar de ter um bom significado, perdeu o se poder no mar de clichês.

7 – Provavelmente

“Provavelmente”, aparece com frases como “eu acho” e “uma espécie de”, quem sempre fala isso, não inspir confiança ou força.

8 – Não

Ninguém gosta de escutar um “não”, ao invés de “não”, substituo por “eu faria se pudesse”.

9 – Etc

Robert Finder, autor de “The financial professional’s guide to communication’s” chama isto de “não-palavra”, ela enche uma frase de significado(só que não). Ao invés dela, encha sua fala de exemplos e ilustrações.

10 – Realmente

Esta palavra é uma pobre tentativa de exalar sinceridade e veracidade, isto faz
seus cliente e colegas questionar o quanto você “realmente” está dizendo a verdade.

 

Concorda, discorda, quer acrescentar alguma palavra? use os comentários e gera mais discussão!


Adaptado de  “10 words to erase from your vocabulary” – disponível na Forbes, escrito por Deborah L. Jacobs