Domingo foi dia de eleições e SURPRESA! todas as pesquisas estavam erradas. Dilma, não era tão favorita, Marina decepcionou-se com seu fraco desempenho, Aécio surpreendeu, e os nanicos foram nanicos.
Acredito que as pesquisas estavam erradas, principalmente, as de órgãos maiores. O fato que comprova, são o próprio resultado das eleições, e algumas pesquisas que amigos fizeram no facebook (inclusive, vários famosos, realizaram suas próprias pesquisas e divulgaram no instagram, facebook e twitter) e o resultado sempre foi muito diverso do apresentando pelos orgãos oficiais de pesquisa.
Porém, isso não foi o mais surpreendente. Mas o que mais surpreendeu, foi como os usuários das redes sociais se comportaram durante as eleições. Separei 3 fatos, que para mim, foram os mais marcantes:
#1 – Não existe democracia nas redes sociais – Segundo o site da Embaixada Americana , Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. Até tudo ok. Temos eleições, e isso é o mais belo ato de construção de um bem comum, através das ideias e participação de todos, sempre prevalecendo a maioria.
Porém, com o advento das redes sociais e sua proliferação, fizeram com as pessoas tirassem suas máscaras e mostrassem quem elas realmente são. Sim, muitas pessoas nas redes sociais, mostram seu pior lado, e lá, através de um avatar, ela está expressando sua ideia, seus ideais, esquecendo que lá, ela está mais exposta do que em qualquer outro lugar.
Ainda segundo o site sitado acima, “as sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”. De acordo com essa citação, redes sociais é uma anarquia, e não uma democracia.
É tão anti democrático esse espaço, que apenas por eu me expressar favorável a outro candidato, diferente de uma “amiga”, ela acabou me ofendendo, sem argumentos válidos, e quando eu a questionei, ela “desfez” a amizade com um clique.
#2 – Xingar é melhor que argumentar – Vamos falar somente sobre os dois candidatos que foram ao segundo turno. Segundo os usuários das redes sociais que eu utilizo, quem vota no Aécio é “coxinha” (não sabe o que é um? leia e descubra: o que é um coxinha)e quem vota na Dilma é “burro”.
Esses adjetivos só servem para polarizar ainda mais essa disputa, e em nenhum momento serve para se criar uma discussão onde podemos descobri qual dos dois candidatos tem a melhor proposta para o curto prazo (URGENTE) e a longo prazo para o Brasil.
As redes sociais, seriam um ótimo lugar para que pudêssemos expor quais os pontos que nos fizeram escolher tal candidato, para representar nossas ideias. Pena que a grande maioria, usou para denegrir a imagem dos candidatos e a imagem de quem escolhe tal candidato.(E principalmente a sua própria)
#3 – Preconceito – Quem tem terceiro grau sabe o que é melhor para o Brasil, quem não tem, nem deveria votar e muito menos participar de pesquisas. Como assim? quer dizer então, que porque você ficou 4 anos sentado em um banco de uma universidade/faculdade, o conhecimento da “vida, do universo e tudo mais” (parafraseando Douglas Adams) ficou impregnado em seu ser?
Acredito que ter um curso universitário faz nos evoluir muito como ser racional. Mas, somente isso, não é critério para que deixar superior a outras pessoas.
Minha Avó, que é “analfabeta”, é muito mais pensante que seres que tem curso superior (e que são analfabetos funcionais).
Fico com vergonha de ler certas postagens de pessoas no meu Facebook, que tem além de terceiro grau, tem pós graduação.
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Posto isso, convoco você, caro leitor, a ajudar produzir, nas redes sociais, seja ela qual for, um ambiente onde podemos criar um embate democrático, com argumentos e não xingamentos e claro, sem o preconceito. Só assim, conseguiremos construir um futuro melhor para nosso país.