Como empreender em tempos de crise

Se existe um comportamento necessário para tempos de crise, ele se chama empreendedorismo. Necessário, porque em qualquer crise há escassez de algo e o empreendedorismo funciona como um multiplicador. Se estamos em uma crise financeira, empreendedorismo servirá para multiplicar dinheiro. Crise de emprego? Crie o seu próprio empreendendo. É dessa multiplicação que precisamos.

Porém, se criar empresas fosse a salvação, essa crise não estaria existindo, porque as empresas criadas, seriam imunes a ela. Na verdade, da mesma maneira que muitos empreendedores e empreendimentos – leia se empresas – surgem por uma crise, elas deixam de existir por esse motivo. Paradoxal?

O que acontece, é que nosso cérebro adora uma comodidade. Em um momento de crise, que há a necessidade de criar uma solução, o espirito empreendedor se desenvolve e a mágica acontece: criatividade, networking, trabalho duro e planejamentos, irão fazer aquela ideia se concretizar. Só que conforme a empresa vai ficando mais estabelecida, com mais facilidade para vendas, maior fluxo de caixa… a mágica se desfaz e o espirito empreendedor, dá lugar ao espirito acomodador. Para que pensar se a venda está garantida? Para que criar, se meu lucro não diminui?

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Esse espírito acomodador, o substituto do empreendedor, esquece que as empresas estão inseridas em um ambiente macro, onde decisões econômicas de governos afetam a economia; mudanças tecnológicas, mudanças de comportamentos dos consumidores deixam sua empresa obsoleta: um farfalhar de asas na Ásia, causa um tsunami no Brasil (frase livremente copiada e adaptado por mim, do filme Efeito Borboleta).

A solução seria, sempre estar com o espirito empreendedor ligado. Criando novos projetos na empresa e desenvolvendo os velhos. Sempre se desafiando. Não existe fórmula pronta, cada negócios tem sua particularidade, existem similaridades, mas há de se guardar as proporções. O que facilidade esse espirito empreendedor, é você parar de buscar respostas a perguntas prontas. Que tal você começar a criar perguntas para depois buscar as respostas?

[REVIEW] Sonho Grande

Sempre que eu ouço falar de Jorge Paulo Lemann, seu nome está linkado com coisas grandiosas. O livro “Sonho grande” veio para mostrar que isso só foi possível porque anos atrás, ele sonhou grande, focou no longo prazo, construiu uma equipe de confiança e trabalhou duro para conquistar esse sonho – que aliás, para ele e seus sócios, ainda não terminou.

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A autora, Cristiane Correa, foi editora da revista Exame por 12 anos. Portanto, o livro é contado por quem entende de negócios. Escrever o livro, não foi tarefa fácil, porque Jorge Paulo se recusou a conceder entrevista pessoal, segundo ele, não teria feito nada de mais, a não ser copiar a cultura de empresas que deram resultados e aplicar em sua empresas.

Se provando uma empreendedora resiliente, Cristiane decidiu escrever o livro, que basicamente é a história de Jorge Paulo, segundo a visão de pessoas próximas a ele.

Para chegar onde chegou – dono da AB Inbev, fabricante de cerevejas como: Budweiser, Brahma, Antartica, Heineken e Corona; Alimentos Heinz; Buger King e Lojas Americanas – foi um longo caminho, mas, ele conta algumas lições que podemos aprender:

1 – Ter metas e objetivos de longo prazo;

2 – Realizar as pequenas ações para atingir aquela meta de longo prazo;

3 – Cercar-se de gente boa: contratar funcionários que tenha relação com suas metas de longo prazo, que tenham vontade de crescer e também, conversar com pessoas melhores do que você;

4 – Copiar o que está dando certo, com adaptações necessárias;

5 – Frugalidade: não ostentar, sempre viver uma vida em que você mantenha um padrão de gastos baixo;

6 – Buscar conhecimento sempre, independente de onde seja;

7 – Cuidar da saúde, comer bem, dormir bem e praticar exercícios

Vamos nos permitir copiar, e começar a aplicar essas lições, eu já comecei!

P.S. Fiz um mapa mental, quem quiser conferir, é só clicar na imagem abaixo, fazer o download e aproveitar.

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