Quantas vezes você disse para você mesmo: “não é o melhor momento”?

Quantas vezes você ficou acordado a noite pensando no melhor momento para realizar algo? Se você respondeu “várias vezes”… mas esse momento nunca chegou, esse texto é pra você. Se você nunca pensou nisso, esse texto também é para você! 😉

Gosto de assitir filmes, e assim como o Silvio Santos, também gosto da Netflix. Dias atrás, dando uma olhada no catálogo deles, acabei assistindo o filme: “Procurando um amigo para o fim do mundo“. Resumidamente o enredo do filme se desenrola a partir do momento em que um meteoro – muito grande – está vindo em direção a Terra e quando ele chegar, será a extinção do planeta. Começa uma contagem regressiva para o fim do mundo. Algumas pessoas se desesperam, outras não. O ponto em comum a todas as pessoas: todas começam a fazer coisas que vinham adiando, mas que as deixariam feliz.

Lá vem o meteoro! (Fonte:https://cinemacao.files.wordpress.com/2013/03/seeking_a_friend-02.jpg)
Lá vem o meteoro!
(Fonte:https://cinemacao.files.wordpress.com/2013/03/seeking_a_friend-02.jpg)

A exatamente um ano atrás, fiz uma entrevista, para participar do Empretec (um curso do SEBRAE, que desenvolve as competências empreendedores, que é tão bom, e envolve tantos detalhes, que merecia um post só pra ele!), e comentei com a psicóloga que fazia a entrevista que eu tinha uma meta de abrir uma empresa de Consultoria, porque entre muitos fatores, acho super gratificante e motivador, ajudar empreendedores a criar novos negócios e se desenvolverem como pessoas.

Consegui uma vaga no Empretec em 2014, mas por conta do MBA que eu estava finalizando, não consegui fazer. Mas, eis que esse ano, vou novamente na entrevista para realizar o curso e encontro a mesma (excelente) profissional que me entrevistara no ano anterior. E eu, cheio de confiança, fui falando dos meus projetos, contando do meu amadurecimento profissional e da minha vontade (!) de abrir a empresa de consultoria… quando eu falei essa última parte, levei um tapa na cara metafórico! Ela me falou de como essa minha vontade de empreender era tão pequena diante do meu medo. Se passara um ano e nada do que eu planejara, tinha virado execução.

Esse “tapa na cara” que ela me deu, me fez abrir meus olhos e enxergar o quanto, o medo de arriscar e empreender estava me cegando. Eu estava em uma situação muito cômoda e confortável! Com sonhos sendo protelados, pela desculpe de achar o melhor momento. Eu estava esperando o “fim do mundo” para poder fazer o que eu gostava, assim como os personagens no filme!

Dedico esse texto, a todos que tem seus projetos trancafiados em uma gaveta pelo medo, a todos aqueles que tem projetos, mas estão esperando o momento certo, estão esperando o “fim do mundo”. Já dizia o ditado, “se conselho fosse bom, não se dava, se vendia”… mas, mesmo assim, aqui vai o meu: não espere nada para realizar o seu sonho, construir seu projeto e transformar em ação a sua vontade de empreender! Encare seus medos, enfrente e arrisque. Pode ser que nada de certo, mas, a chance de dar certo, existe…e só por esse motivo, vale a pena.

[Em tempo: Depois da entrevista, mudei muitas coisas que estavam a espera do “melhor momento”. Minha empresa enfim, está saindo da vontade e chegando a realidade. Estamos em construção!]

[REVIEW] Vale do Silício – Entenda como funciona a região mais inovadora do planeta

Esse é o meu quarto livro em 2015. Diferentemente dos outros, esse livro não foi publicado por nenhuma editora e não custou nenhum centavo. Como isso é possível?

Reinaldo Normand, escreveu o livro é ao invés de fazer a venda, resolveu disponibilizar o livro para download! E mesmo sem pagar nada, o livro é riquíssimo de detalhes e ideias…

Fonte: http://valedosilicio.com/
Fonte: http://valedosilicio.com/

O livro é divido em 2 partes – a primeira é “Entendendo o Vale” e a segunda parte, “Inovando em outros ambientes”.

Na primeira parte, conhecemos a vida profissional do empreendedor Reinaldo Normand, um brasileiro que decidiu se mudar para os Estados Unidos, mais especificamente no Vale do Silício. Para entendermos melhor esse livro, precisamos entender porque o Vale do Silício “é o que é” e depois, é preciso que se saiba o conceito de startup.

O Vale é conhecido por ser a região mais inovadora do mundo, foi lá que surgiram empresas como HP, Apple, Facebook, Google e até a PlayKids. Todas as empresas que mudaram o mundo de alguma forma, surgiram nesse ambiente. Mas, qual a origem dessa inovação aliada ao empreendedorismo?

Bom, em 1849, nos Estados Unidos aconteceu a corrida do ouro. Todo mundo queria garimpar para ficar rico, e uma das muitas regiões em que as pessoas iam em busca do “sonho dourado” era em São Francisco. Nesse local que hoje é o Vale do Silício, muitas pessoas se instalaram para construir empresas que atendessem aos mineiros: hotéis, restaurantes, mercados, farmácias e vendas de ferramentas são alguns dos exemplos. Essas pessoas tinham um sonho em comum, construir um empreendimento do zero! Essa psique, esse espirito empreendedor, está até hoje nesse local. Nos tempos atuais, os empreendedores do Vale, sempre ajudam a próxima geração, fazendo perpetuar essa ideia: Bill Hewlett(HP) aconselhou Steve Jobs(Apple), que por sua vez, aconselhou  Mark Zuckerberg(Facebook), por exemplo.

Startup, segundo o autor do livro –  ” É uma empresa que começa sem dinheiro, com uma ideia na cabeça e visão de longo prazo. Seu ativo mais importante são os fundadores e sua equipe. Startups são diferentes de empresas tradicionais, como uma consultoria, em dois pontos principais: (…)essas empresas precisam ter um crescimento exponencial(também chamado de escalabilidade), ou seja, atingir o maior números de pessoas possível; esse tipo de empresa precisa ter seu produto ou serviço sendo usado repetidamente(repetibilidade é o nome correto). Um exemplo de startup é o YouTube, que tem escalabilidade e repetibilidade. Os empreendedores, no criação da startup focam primeiro nesses dois quesitos, e depois pensam na forma de remunerar seus produtos.

Dentre muitos aprendizados que eu tive ao ler esse livro, fui marcado por duas ideias… “marcado” é a palavra correta, porque enquanto eu lia isso, foi como se eu recebesse um tapa na cara e acordasse! Veio em boa hora!

A primeira é o “Valor da ideia”. Reinaldo diz no livro, que no Vale do Silicio, você pode tomar café com uma pessoa que você nem conhece e essa pessoa pode te contar uma ideia que ela está desenvolvendo sem cerimônia. As pessoas fazem isso, porque, a IDEIA não vale nada! o que importa é a execução. Na nossa cabeça, tudo é possível, quantas ideias geniais não temos enquanto tomamos banho, por exemplo? mas, poucas ou nenhuma delas saem do papel. Existe uma montanha quase intransponível entre a IDEIA e a EXECUÇÃO. Ou seja, menos ideias e mais execução! (Primeiro tapa na cara)

Não adianta ter a "sacada de gênio", se você não vai aproveitar(leia-se executar) Fonte: Whatsapp
Não adianta ter a “sacada de gênio”, se você não vai aproveitar(leia-se executar)
Fonte: Whatsapp

“Método científico”, foi a segunda ideia essencial que eu aprendi. Quando fazemos uma pesquisa científica, podemos fazer da seguinte maneira, observar sistematicamente os fatos, em seguida realizar experiências, deduções lógicas e consequentemente, a comprovação científica dos resultados ou validação das hipóteses. Aplicar isso nas empresas ou startups, é ter uma ideia, preparar a execução e conforme o público alvo reagir, você modifica até chegar na versão final do seu produto! O lema do Vale é “Se você não se envergonhar da primeira versão de se produto é porque lançou tarde demais”. (Segundo tapa!)

Fiquei muito feliz em ter conhecido e lido esse livro, porque através dele, muita coisa mudou no meu cérebro e as ideias aprendidas nele, já estão sendo aplicadas! A melhor coisa que existe, é você aprender uma ideia e aplicá-la! De nada adiantaria esse investimento de tempo na leitura de um livro sem um retorno! Recomendo esse livro fortemente para todos que estão com vontade de empreender.

Você pode baixar o livro no endereço: http://valedosilicio.com/

[REVIEW] Criatividade S.A.

Um dia estava eu em uma livraria dando uma olhada nos livros na seção de Administração e Economia, quando encontro um livro com Buzz Lightyear na capa, o nome do livro era: Criatividade S.A.  Sou muito fã dos filmes da Pixar, (tanto que no meu casamento, uma das músicas escolhidas foi You belong together) e com certeza, assim como muitos da minha geração, o primeiro filme de animação computadorizada que assisti foi Toy Story, por isso a capa me chamou atenção. Comprei!

Publicado aqui no Brasil pela editoa Rocco, é uma mistura de livro negócios com um autobiografia profissional. Ed Catmull, CEO da Pixar Animation e Disney Animation foi quem decidiu criar esse livro e com ele, provou que além de um Administrador, ele é um escritor fora de série.

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Gosto de ler tudo relacionado com empreendedorismo e negócios, se misturado com cultura pop, muito melhor! E nesse livro, tudo isso é feito com louvor: não faltam descrições de como foram feitos vários filmes da Disney e da Pixar e nesses mesmos exemplos podemos aprender técnicas empresariais de como foi construída a cultura de empreendedorismo e criatividade dessas empresas que perdura até os dias de hoje.

Ed Catmul, desde sua infância era muito fã da Disney e seu sonho, era poder criar filmes de animação por computador. O grande problema é que nessa época não existiam computadores com grandes processadores e memória, e muito menos maneiras de realizar filmes da maneira como ele queria, mas, nada disso foi motivo para impedir esse sonho se tornar realidade.

Na caminhada por esse empreendimento, Ed se formou em computação gráfica e nesse caminho conheceu John Lasseter (que viria a ser mais tarde o Diretor Criativo de vários filmes da Pixar e posteriormente da Disney). E nesse mesmo caminho, após o sucesso que foi Star Wars, o ilustre George Lucas criou a Lucasfilm Computer Graphics Group e contratou os melhores nessa área: Ed e Johh. Eles ficaram nessa empresa, até a mesma ser adquirida por Steve Jobs(que decidiu investir em uma área diferente, após ser afastado do conselho da Apple).

Ed, Steve e John.  (Fonte: http://www.computerhistory.org/revolution/computer-graphics-music-and-art/15/213/613)
Ed, Steve e John.
(Fonte: http://www.computerhistory.org/revolution/computer-graphics-music-and-art/15/213/613)

O desejo de mudar o mundo foi o que uniu John, Ed e Steve. Cada um a sua maneira, mas com mudanças e sonhos efetivos e reais. É muito inspirador ver que os três passaram por muitas dificuldades, mas cada um tinha a sua meta bem definida e apesar de todos os reveses que passaram, conseguiram efetivamente realizar a mudança que tanto queriam: Jobs foi imortalizado pela quantidade de revoluções tecnológicas que trouxe ao mundo, e John e Ed, pela maneira como mudaram o mundo de animação gráfica com seus filmes que nos trazem tantas memórias e alegrias na hora que assistimos.

Para ser possível existir a Pixar e até mesmo a Apple como conhecemos, foi necessário muitos erros, prejuízos e persistência. Existem várias teorias utilizadas nessa empreitada, mas, como isto é uma review e não a cópia ipsi-litteris do livro, destaco a seguir algumas teorias que considero essencial e facilmente aplicáveis. Podemos utilizar em nossas empresas e vidas, duas maneiras da Pixar resolver alguns de seus reveses: (1) quando ocorre problemas na empresa – sim, se não ocorreu ainda, irá ocorrer, ninguém esta livre disso – não fique procurando por culpados, primeiro porque vai haver muito tempo e esforço investido na coisa errada, o foco deverá ser a resolução do problema e criar uma maneira de não ocorrer aquele problema novamente, ou ao menos diminuir seu impacto. Problemas grande ou pequenos são basicamente iguais. (2) Catmull era muito fã do modelo Toyota de produção, modelo que resumidamente, quando acontece algum tipo de problema, qualquer um tem autonomia para parar a linha de produção e não aumentar esse problema, ao contrário, resolvê-lo. Parece óbvio, mas conheço muitas empresas, que somente o Gerente ou dono, tem autonomia para resolver ou parar a produção quando acontece algum tipo de problema.

Conforme a leitura vai fluindo, vamos chegando ao âmago da questão de como foi criada a cultura da Pixar. Ed, no livro nos dá uma pista: qualquer que seja a nossa meta, seja como empreendedor ou como pessoa, passaremos por muita complexidade e ele fala uma coisa que eu considerei essencial: não existe uma fórmula certa para o sucesso! (Ainda que vários “gurus” insistam no contrário), com isso em mente, precisamos ter criatividade para superar as forças invisíveis que ficam no caminhos da verdadeira inspiração.