Empreendedorismo: menos Bla Bla e mais ação


O que é ser empreendedor?

Certamente, você já ouviu muito essa palavra ao longo de sua vida. Mas, você já parou para pensar no significado da mesma?

Vamos começar dando uma olhada no dicionário para encontrar um significado:

“É a disposição para identificar problemas e oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo.”

Basicamente, podemos dizer que o empreendedor é um inquieto, que tem coragem para tirar as ideias da cabeça e coloca-las em ação, sempre a procura da geração de um impacto positivo. Com essa definição em mente, pode-se entender que o empreendedor, não é somente um empresário, alguém que decida por abrir uma empresa, ele pode ser também um funcionário; porém, vai ser aquele funcionário que sempre irá se destacar, fazendo o que a maioria não faz.

Se formos buscar o significado ao longo do tempo, vamos encontrar algumas peculiaridades. Por exemplo, nos anos 2000 aqui no Brasil se olhássemos um dicionário, não encontraríamos essa palavra. Mas, isso quer dizer que não existia empreendedorismo no Brasil? muito pelo contrário. Existia, e muito. Mas, o termo é que não era muito comum.

O termo “empreendedor – empreendedorismo” remonta ao Século XVII, na França e ele era ligado a expedições militares e significava: assumir empreitada que exigia esforço e muito empenho.

 

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O economista austríaco Joseph A. Schumpeter, no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, publicado em 1942, associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico.Segundo ele, o sistema capitalista tem como característica inerente, uma força que ele denomina de processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese, trata-se de destruir o velho para se criar o novo.Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor.

Somente após os anos 2000 é que esse termo começou a ficar mais falado no mundo dos negócios porque as empresas de tecnologia começaram a prosperar e desse modo, ser empresário começou a ser visto como uma opção de carreira, tanto no mundo offline quando no online.

Empreendedores questionam a realidade e fazem acontecer a evolução todos os dias, em todas as partes do Brasil e do mundo. Ao inovar e solucionar problemas de outras pessoas, de outras empresas ou de toda a sociedade, um empreendedor e seu novo negócio promovem um grande desenvolvimento.

O empreendedorismo pode estar latente ou manifestado de diferentes formas.

Há pessoas com um forte espírito empreendedor que o exercem em diferentes lugares e situações: em casa, quando decidem fazer uma reforma que otimize o espaço; na empresa em que trabalham, quando um projeto precisa ser levado adiante; na vida, quando chega o momento de mudar. Há pessoas que aplicam todo esse potencial em um novo negócio – do tamanho que seja, contribuem gerando empregos para sua comunidade, gerando renda para a economia local, e solucionam uma demanda por meio da inovação. Há ainda pessoas que fazem desse negócio algo muito maior. São empreendedores de alto impacto, que transformam sonhos grandes em iniciativas de alto impacto, revolucionam seus mercados, crescem e fazem crescer, sem pegar atalhos e servindo de exemplo para gerações futuras.

Características do Empreendedor

Embora cada pessoa que decida empreender ou que seja empreendedor seja única, existem algumas características que são comuns a todas. São elas:

Otimismo: sempre ver e esperar o melhor. Sempre acreditar que vai dar certo;

Autoconfiança: o empreendedor precisa acreditar em si mesmo, em seus talentos e opiniões;

Coragem para aceitar riscos: um empreendedor precisa lidar bem com riscos;

Desejo de protagonismo: desejo de ser reconhecido, tomar as rédeas da sua vida e ser pleno;

Resiliência e perseverança: não desistem facilmente. Superam desafios e vão até o fim.

Caso queira saber se você possui essa características ou até mesmo qual seu perfil empreendedor, é só acessar o link:

https://endeavor.org.br/quiz-descubra-qual-seu-perfil-empreendedor/

Como empreender?

Nessa altura, vocês devem estar pensando, como eu faço para fazer ser um empreendedor na minha carreira? A resposta é mais simples do que imagina: empreender.

Bom, mais ou menos simples, pois empreender significa superar desafios, aprender coisas novas, ter e colocar em prática novas ideias. Isso tudo sem falar nas demandas técnicas e práticas como fazer fluxo de caixa, planejamento financeiro e de marketing, gestão de estoque e de pessoas, definição de políticas de bonificação… muitas coisas! E de áreas completamente distintas.

Enfim, se preparar para seguir a carreira empreendedora não é tão simples assim. Não há um curso de MBA que você deva fazer, que te garantirá dominar todos os conhecimentos necessários para tocar e fazer crescer um negócio lucrativo. Mas há algumas ferramentas e recursos – algumas veremos ainda hoje – que podem ajudar, por isso encorajamos que você corra atrás de se capacitar como empreendedor e como gestor!

Vamos focar a partir de agora, a ideia de criação de um negócio, então, sempre que encontrar a palavra Empreendedor, você deve entender que estamos falando de uma pessoa que está abrindo uma empresa. Te damos 7 dicas básicas para começar (e a frente, alguns exercícios para testar):

1 – Encontre pessoas que te complementem

Pense que um empreender, ao começar uma empresa precisa lidar com várias variáveis e é humanamente impossível uma pessoa ser boa em todas as funções de uma empresa. Logo, você precisa identificar seus pontos fortes e fracos, para conseguir achar pessoas que te complementem.

2 – Feito é melhor que perfeito

Não existe momento perfeito e ideias, qualquer um. Portanto, é necessário que você faça. Comece as poucos, gaste pouco, teste com seu público, só não deixe se levar pela inércia.

3 – Fale sua ideia para somente duas pessoas: “Deus e o mundo”

Quando falamos nossa ideia para essas duas “pessoas” citadas acima, você vai conseguir feedback da maioria e uma grande parte, irá querer roubar sua ideia (caso ela seja muito boa). Portanto, quando você fala a alguém, você cria um senso de urgência, para que a aplicação ocorre, antes de outros.

4 – Valide sua ideia

Depois que teve a ideia, o passo seguinte é validar com seu público alvo. Crie maneiras de testar a ideia, sempre gastando o mínimo possível. Caso você tenha interesse em realmente fazer isso, procure por metodologias como Design Thinking e Design Sprint. (No final desse texto, você vai encontrar um resumo sobre essa ideia)

5 – Agora gaste a sola do sapato

Validada a ideia com seu publico alvo, agora é hora de começar a produzir e aumentar as vendas. Tente aumentar a escala, mas ainda vá aprendendo com seus clientes. Depois que você entender como funciona a jornada do seu consumidor, é hora de passar para a próxima etapa.

6 – Estabeleça sua empresa e sempre tenha mente de principiante

Chegou a hora de investir! Abra a empresa formalmente, faça contexto, estabeleço um plano de marketing e uma plano de estratégia para os próximos anos. Lembre-se de manter uma mente de principiante, isso significa, que você entende que ainda precisa aprender e aprimorar sua ideia.

7 – Acredite, acredite e nunca desista

Menter a mente de principiante é tão necessário quanto ter fé. A vida de um empreendedor será sempre cheia de percalços que deve ser conduzido gerando o menor impacto possível na empresa. Ter fé, acreditar é uma boa maneira de convencer seus clientes que vale a pena comprar de sua empresa, como vender algo em que você não compraria/acredita?

 

 

3 – De onde vem as boas ideias?

Vamos tentar entender como cultivar “boas ideias”para melhorar as empresas ou até mesmo, uma ideia de negócio para você poder abrir uma empresa.

É quase senso-comum achar que as ideias, surjam do nada. Você acorda, sem esforço e a ideia está lá. Podemos fazer uma analogia com o surgimento de um coral de recife: por muito tempo, acreditava-se que um coral de recife, era o resultado de parte da movimentação da crosta terrestre, as placas tectônicas se moviam e nesse movimentação acabava fazendo emergir esse coral de recife.

Quando Darwin foi fazer sua celebre viagem no Beagle, ele acabou descobrindo que os recifes surgem através da sedimentação de minúsculas partículas que pairam nas aguas em determinados momentos, essa movimentação de partículas de cálcio vão causando uma aglomeração e por final, acaba surgindo o coral.

Portanto, podemos entender que as boas ideias acabam surgindo quando sabemos de um problema que temos, uma dúvida… e vamos acumulando experiências diferentes, essas experiências vão sendo acumuladas e um dia, podem acabar formando uma ideia de solução.

4 – Design Sprint

Design Sprint, Design Thinking ou Design centrado no ser humano… são terminologia que definem uma metodologia ágil, para os tempos que estamos vivendo.

Por muito tempo, a parte emocional (como design) foi separado dos negócios, em negócios/empresas o que era pregado como essencial era a parte racional. Porém, com a tecnologia + internet chegando e mudando todos os setores que conhecemos, foi necessários que as empresas começassem a prestar mais atenção no consumidor e ao mesmo tempo, ser mais ágil na tomada de decisões. As empresas de tecnologia começaram a unir design + business, começou a dar certo e hoje, muitas empresa de qualquer setores e tamanhos usam essas metodologia para poderem inovar e criar novas soluções.

Jeff Bezzos, fundador e CEO da Amazon diz “se você dobrar o número de experimentos que faz por ano, você vai dobrar a capacidade de se reinventar.”

Entendendo a estrutura do Design sprint, ele pode ser aplicado para qualquer situação, de preferencia com um grupo eclético de pessoas, de desenvolvimento de softwares, procura de soluções para alguma necessidade da empresa, à criação de uma empresa totalmente nova.

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a) Unpack

No primeiro dia da Sprint, seu time vai exteriorizar tudo o que eles sabem sobre a ideia. A expertise normalmente está espalhada em várias cabeças diferentes, e ter certeza que todo mundo está começando alinhado é fundamental para o sucesso do programa. Desenvolvedores sabem de coisas que os designers não sabem, os stakeholders sabem de coisas que os product managers não sabem — e assim por diante. Para facilitar esse processo de “unpack”, você pode propor atividades mais específicas para o grupo (expressar a voz do consumidor, desconstruir o produto atual, definir as métricas de sucesso, etc.).

b) Sketch

No segundo dia, todo mundo rabiscando as ideias. As pessoas vão trabalhar individualmente colocando as soluções para aquele problema/ideia no papel. A ideia é conseguir colocar o máximo possível no papel, sem muita discussão em grupo no começo. Depois que todo mundo rabiscou, é hora do grupo todo ir olhando para cada um dos sketches e discutindo como aquilo poderia funcionar. No fim, existe um sistema estruturado para criticar o trabalho e votar nas melhores soluções — tudo feito muito democraticamente.

c) Decide

Na quarta-feira, vocês já terão pelo menos uma dúzia de ideias para escolherem. O que é ótimo, mas é também um problema — já que vocês não conseguem prototipar 12 ideias em um dia só. Então o objetivo do terceiro dia é simplesmente filtrar as ideias, refiná-las, e no fim do dia escolher uma única ideia que vocês irão prototipar.

d) Prototype

Quinta-feira é o dia de prototipar. É preciso ser ridiculamente produtivo, então é importante aqui escolher ferramentas de prototipagem com as quais vocês já estejam habituados a trabalhar rapidamente. Também é importante planejar todas as atividades do dia logo cedo, incluindo quem faz o quê e de que hora a que hora. A ideia é montar um protótipo daquela ideia até o fim do dia.

e) Test

Sexta-feira é dia de mostrar os protótipos para os potenciais usuários do produto, em sessões individuais. O produto é apresentado para o usuário, ele interage com algumas telas e vai dando feedback em tempo real sobre o que gosta e o que não gosta. No fim do dia vocês se reúnem para discutir o feedback que receberam dos usuários e decidir se a ideia sobrevive ou não.

 

A Ideia do Design Sprint, basicamente é testar uma ideia de negócios ou uma solução de problemas gastando o mínimo possível e testando com o real público consumidor. Uma ideia muito válida para que os empreendedores consigam um resultado rápido para a geração de soluções. Para finalizarmos esse texto, nada melhor que uma frase de um empreendedor brasileiro de alto impacto:

 

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Referências:

Sites:

https://brasil.uxdesign.cc/google-design-sprint-como-funciona-e-como-aplicar-no-seu-projeto-279107363659

https://endeavor.org.br/tudo-sobre/empreendedorismo/?gclid=Cj0KCQiArYDQBRDoARIsAMR8s_S_V3l8cKV8W9b02lfOhuubIRrGGtDJA2bHsVYbdkAo7Qu_uwkzE1waAnjUEALw_wcB

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/o-que-e-ser-empreendedor,ad17080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD

Livros:

Design Sprint (Jack Knapp)

Service Startup (Tenny Pinheiro)

De onde vem as boas ideias (Steven Johnson)

O poder da presença (Amy Cuddy)

 

Um comentário em “Empreendedorismo: menos Bla Bla e mais ação

  1. Professor, o que você acha sobre o Anarcocapitalismo? um país regido por leis da propriedade privada, e sem governo? seria possível algo funcionar dessa maneira?

    Vejo muitas pessoas dizerem que ao trabalharmos para o estado como funcionários públicos etc… na realidade estamos cooperando com uma máfia, ajudando a roubar, pois imposto é roubo, e funcionários públicos são pagos com esse dinheiro retirado coercitivamente das pessoas, pois ou pagam, ou serão processadas, presas, terão bens penhorados etc, enfim, não acontece de forma voluntária. É diferente de um serviço da iniciativa privada, que contratamos quando queremos, o estado nos força a pagar por serviços que não solicitamos.

    Confesso que ao ver essas analogias, comecei me questionar, pois no passado pensava em prestar concursos públicos com altas remunerações, como por exemplo Receita Federal, mas seguindo por essa analogia, fica evidente que a RF na realidade não presta um serviço aos brasileiros, na realidade, quando queremos comprar algum bem do exterior, somos taxados de forma abusiva, e caso não pagarmos o (roubo) perderemos o bem, que será leiloado. Sendo assim, fica evidente que eles estão cobrando algo que legitimamente não lhes pertence, pois não fabricaram o produto, muito menos cooperaram de alguma forma com o comprador, então tomar o produto de certa forma é um roubo (legalizado).

    Qual sua opinião sobre?

    Me indicaram 3 livros sobre: A ética da liberdade; Defendendo o Indefensável; Por uma nova liberdade – O Manifesto Libertário.
    São livros gratuitos, todos disponíveis no site https://www.mises.org.br

    Seria interessante ver seu ponto de vista em uma postagem, ou até mesmo em vídeo.

    Abraço!!!!!!

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