4 coisas que eu aprendi lendo “De onde vem as boas ideias”

É quase senso comum achar que as boas ideias surjam de um momento “eureka”, como se a ideia surgisse rápida e certeira, num estalar dos dedos. Nesse livro – clique aqui para comprar – o autor Steven Johnson, mostra de forma primorosa que não é bem assim. Na verdade, as boas ideias precisam de tempo e estímulo para serem formadas. Para te ajudar a entender como funciona a formação dessas ideias, separei quatro grandes aprendizados que eu tive para compartilhar:

(1) Cidades grandes = Redes

Cientificamente comprovado que em cidades maiores ocorre um desenvolvimento da criatividade, através de uma maior conectividade. Pense só, se você gosta de Jazz e quer conversar com alguém que tenha essa mesmo gosto, em uma cidade pequena, a chance de achar pessoa com esse mesmo gosto é diminuta, já em uma cidade grande, com certeza a chance cresce exponencialmente, com certeza em algum lugar da cidade, você encontrará um encontro-de-pessoas-que-gostam-de-jazz ou algo parecido. Dessa maneira, qualquer gosto ou situação que você esteja pesquisando, a chance de achar pessoas com interesses comum é maior e desse modo, criar uma rede com pessoas que pensam/querem solução para um mesmo problema, também aumenta.

As redes também são uma parte importante, se não a mais importante. Kevin Dunbar, psicólogo na McGill University fez uma estudo com cientistas, para entender como funcionava as descobertas. Porém, ao invés de perguntar à eles como foi a descoberta, ele decidiu fazer uma pesquisa estilo BBB: ficar o tempo todo perto desses cientistas, e o que ele descobriu foi que as grandes descobertas aconteciam muito mais em reuniões, entre as dúvidas de uns e palpites de outros, do que sozinhos.

(2) Leia rápido

Eu sempre gostei muito de ler, mas conforme a tecnologia foi invadindo minha vida, confesso que fiquei um pouco refém dela e minha leitura continuou, mas de uma maneira mais lenta.

No livro, o autor diz que precisamos ler mais e mais rápido, porque desse modo, as ideias ficam mais frescas e tem mais chance de se conectarem com outras, criando soluções e trazendo inovações.

Ele cita o exemplo do Bill Gates que faz uma sabático no ano somente para ler. Meio difícil fazermos isso, mas ler um livro de uma maneira mais rápida e com mais frequencia, vai ser meu desafio de ano novo.

(3) Erre

Nossa existência provém de erros, ao multiplicar nosso DNA, ele começou a “errar”e com isso várias espécies surgiram.

Diversas invenções só aconteceram devido a erros. Quanto mais criativa e inovadora for uma pessoa, maior a quantidade de erros que ela comete. Isso quer dizer que ela realiza muita coisa, portanto, o erro é parte inerente dos realizadores.

O erro pode fazer com que alguma intuição lenta se transforme em solução.

Nos anos 80, o mantra empresarial que predominava era: erro 0. Isso fazia/faz com que os funcionários realizem tudo de forma padronizada, os transformando em executores automatizados. Nos tempos atuais, onde problemas e mudanças nos status quo das empresas ocorrem o tempo todo, a empresa precisa ser mais dinâmica para sobreviver. Por isso, o mantra mais predominante nas empresa hoje em dia é: erre depressa, gastando pouco.

(4) Anote tudo = Intuição lenta

A maior parte das ideias se configura de uma solução/ideia parcial incompleta. E após alguma ideia/duvida que estava na cabeça de outro, ela se torna completa. Darwin dizia que sua teoria da seleção natural surgiu completa após ele ler um texto de Thomas Malthus. Porém, após alguns historiadores examinarem seus diários, perceberam que na verdade a ideia da seleção natural sempre esteve pronta, a leitura do texto de Malthus só foi o fio condutor que faltava para a conexão de tudo.

Portanto, é importante que anotemos tudo o que acharmos importante: de citações a partes de livro, de ideias simples a complexas. Hoje em dia, com softwares de anotações, tudo fica mais fácil. Por exemplo, eu uso muito o evernote, você escreve notas, tira foto de tudo que julgar interessante, e se um dia precisar pesquisa e juntar tudo, é só pesquisar e ele conecta as principais palavras chaves.

Se você achou interessante essas ideias, imagine quando ler o livro! Cada vez mais, o que será imperativo para a sobrevivência das empresas e das pessoas no mundo do trabalho será a capacidade de se reinventar, ter boas ideias é parte disso.

Para finalizar, conselho do próprio autor para melhorar a criatividade:

Faça uma caminhada; cultive intuições; anote tudo, mas mantenha suas pastas em desordem; abrace a serendipidade; cometa erros produtivos; cultive diversos hobbies; frequente cafés e outras redes; siga os links; permita que outros se baseiem em suas ideias; tome emprestado, recicle, reinvente.

Como parar de pensar no que os outros pensam de você

Uma hora ou outra, nós nos sentiremos culpados por se importam demasiadamente o que os outros pensam a nosso respeito. Quando chegar essa hora, iremos perceber que tivemos atitudes menos inovativas, ficando menos criativos, deixamos de apresentar nossas ideias com medo de que as pessoas iriam falar “WTF?” ou no português correto, “você está enganado!”

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Seth Godin diz que não é o medo de falhar que nos mantém parados, mas o medo das críticas. Então, como podemos para de se importar o que os outros pensam a nosso respeito?

O primeiro passo é se lembrar que muitas pessoas tem obtido sucesso em seus objetivos – empresariais e de vida – justamente por se importar menos com as criticas, ou seja, eles enfrentaram o medo de serem julgados se eles falhassem. Pessoas que assumem riscos e obtêm sucesso, tem uma facilidade maior em administrar criticas.

Se você quer ir além daquela pessoa que fica assustada em encontros ou reuniões, com medo de falar – pensando nos julgamentos – e começar a ser mais confiante, falando e contribuindo, aprenda com as quatro dicas que extraímos de pessoas que conseguiram superar esse medo.

1 – Pergunte a você mesmo: E se eu não fizer nada?

Quando surge uma oportunidade para fazer alguma coisa que foge do escopo de nossa zona de conforto, a coisa que mais ajuda é pensar nos piores cenários. Em outras palavras antes de você começar a executar, você já deixa claro a você mesmo, que tudo pode dar errado, há uma possibilidade de falha. Quando você entende que se fizer alguma coisa, pode falhar… a pergunta seguinte é, e se eu não fizer nada?

Faça uma lista de tudo que pode dar errado e uma com todas as possibilidades de acerto, depois compare e se prepare.

2 – Lembre-se que seu trabalho não te define

Rohan Gunatillake, americano e dono do app Budhthify (app para praticar Mindfulness) diz que não podemos ter o mal hábito de deixar nosso trabalho nos definir, justamente porque uma falha no nosso trabalho, nos trará um sentimento ruim em relação a nossas atitudes pessoais.

Para isso, temos que usar alguma frases – mantras – descolando nosso “eu” com nosso trabalho:”não sou a bio do meu twitter”; “não sou meu currículo” ; “não sou minha empresa”. Tenta começar a repetir isso a si mesmo e você vai começar a sentir melhor.

Se lembrar que você é maior que seu trabalho, ajudar a achar nosso “caminho”.

3 – Não deixe as pessoas te deixarem pra baixo

As pessoas que te criticam e não estão na “arena” com você, mas ficam nos bastidores, não tem motivo para te criticarem!

Você não pode ignorar completamente o que o outro está te falando, mas, quando você perceber que a pessoa que está lhe criticando, tem uma crítica vazia, coisa de quem adora um bastidor, diga pra você mesmo: “Eu vejo você, eu escuto você, mas vou fazer o que estou fazendo.”

(Nesse ponto, sua percepção de que a ação é melhor que a inação, já deve estar aflorada e junto a isso, o conhecimento de que algumas falhas não te definirão, devem estar claras.)

4 – Abrace os julgamentos

Seth Godin, autor que eu mencionei no começo do texto, é um empreendedor e autor de 18 livros, que ja foram traduzidos por 35 línguas diferentes. Ele diz que existe apenas duas escolhas na vida: ser criticado ou ser ignorado.

Você tem que escolher.

Se você para de ver feedbacks como um sinal de que você fez algo de errado, ao invés de ver que você tenha feito algo notável, isso vai começar a não te assustar. Isso se tornará uma medalha de honra que significa que foi feito algo que vale a pena ser comentado.

É natural duvidar de si mesmo ou deixar a fala dos outros criticando você ficar na memória. Se for praticado as dicas desse texto, estará ocorrendo – de forma gradual – a mudança de mentalidade, onde as críticas vazias não o impedirão de trabalhar.

[REVIEW] Vai que dá

Sabe aquele livro que fala a verdade sobre ter uma empresa?  Essa é a definição do livro: Vai que dá. Em meio a tanta romantização, esse é um livro que mostra como é o mundo empreendedor, contado sobre o ponto de vista de dez outros empreendedores.

Assista o vídeo e entenda.

 

Livro baratíssimo e vale muito a pena tê-lo, para mai detalhes, clique aqui.

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[REVIEW] The circle of profit

Livro lido, aprendizado construído e vídeo gravado.

No vídeo de hoje, falo sobre o livro “The circle of profit”, o autor Anik Singal é um empreendedor, o foco dele é infoprodutos.

Não acredito em “receita de bolo” para empreendedorismo, e o livro é justamente isso, uma receita pronto, que segundo o autor, te fará chegar a um faturamento de R$1 milhão!

Tirando isso, existem dicas muito valiosas para quem trabalha com marketing digital ou quer focar no desenvolvimento de infoprodutos!

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[Review] De Zero a Um

Sou muito fã de makers. Pessoas que fazem, tem muito mais chance de ensinar algo – mesmo que seja um erro – do que os teóricos, principalmente em setores como negócios-administração-empreendedorismo. Sempre tive essa opinião, mas, depois que li o “Cisne negro”, do Nassim Taleb, tive ainda mais convicção de que estava certo, já que ele é um fã ardoroso do empirismo.

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O livro de hoje, De Zero a Um, tem muito disso: um maker, comentando alguma ideias necessários para a perenidade para os negócios nascidos hoje. O livro, por ser escrito por alguém que vive o mundo de startup, é mais voltado para startups, mas, óbvio que podemos pegar a ideia e adaptar para qualquer outro business.

Peter Thiel, é o Co founder do PayPal (se você não conhece essa empresa, sinto de informar que você está desatualizado) e o autor do livro. Hoje, entre outras coisas, ele tem uma empresa de investimento e a Palantir – que trabalha basicamente com big data.

Ele dividiu o livro em capítulos, e não pense que por ser um livro pequeno – aproximadamente, 200 páginas – as ideias são rasas, muito pelo contrário, cada capítulo é uma análise profunda, que as vezes mexem com conceitos até então arraigados dentro de nós.

Considero essencial e quero destacar nesse texto, duas ideias.

A primeiro, é a que dá título ao texto: de 0 a 1. Ir de zero a um, significa você criar algo totalmente novo, desenvolver uma ideia ou conceito e monetizar ela. Exemplo, o próprio PayPal. Ir de 1 a n (qualquer outro número) significa pegar uma ideia, copiá-la e replicar.

A segunda, é a sua visão própria de “concorrência monopolística” e “concorrência perfeita”. Segundo ele, concorrência perfeita é quando você quer montar uma empresa, por exemplo, uma padaria. Você copia um modelo de um padaria existente e faz mudanças pontuais. O problema é que o seu negócios é muito parecido com outros, então, vai resultar em uma guerra de preço: a empresa que vende em um preço menor, vende e a outra, deixa de vender. O problema disso que é que acaba com a lucratividade e consequentemente, com as empresas envolvidas. A solução é criar uma concorrência monopolística, ou seja, pensar em uma ideia totalmente nova e por em prática, essa ideia nova irá trazer um diferencial competitivo muito grande e uma lucratividade idem. Com a lucratividade, investir em pesquisa e inovação para pensar em novas ideias e sempre surfar a onda criada por você.

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Mapa mental do livro todo: faça o donwload e amplia para ler 😉

Essas duas ideia são um manifesto que devemos levar a mais e mais pessoas. Sei que não é fácil ter uma ideia que te faça viver em um oceano azul, mas a partir do momento que você sabe a importância disso + mais o trabalho sendo executando = em algum momento o insight surge e a ideia aparece.

Por mais empresas de zero a um! (Quer saber mais sobre o livro? clique aqui)