Canvas: A escolha inteligente

Segundo o dicionário do Google, Dinâmica é a “parte da mecânica que estuda o comportamento dos corpos em movimento e a ação das forças que produzem ou modificam seus movimentos”, e não existe melhor palavra para definir o momento que vivemos. Nada é estático, tudo é fluído e rápido, algo que temos certeza hoje, amanhã pode ser uma dúvida; um negócio lucrativo hoje, não é mais amanhã!

Diante disso, quando temos uma ideia de negócio, precisamos mais do que depressa, colocar em execução. Um dos princípios de empresas tecnológicas(leia-se start up) diz que “se você não sentir vergonha de seu produto depois de um tempo, você lançou ele tarde de mais”.

Esse cenário, faz com quem muitas vezes o “Plano de negócio”, como recomendam várias empresas de consultoria e orgãos ligados a criação de empresas, pode se tornar um “tiro no pé”. Primeiro poque a maneira de recolher as informações para a execução do projeto será feita no presente e seu projeto será executado no futuro – lembra do dinamismo que falamos atrás? – E segundo, enquanto você fica colhendo informações para seu “plano de negócios”, alguém vai lá e faz, e vai entendendo  mercado e recolhendo informações, conforme o negócios “anda”.

Acho importante o Plano de negócios, mas não podemos nos guiar somente por ele! Acredito que ele tem que servir para vermos qual é nossa projeção e como aconteceu na prática.

Para tirar sua ideia da cabeça de uma forma rápida e de fácil visualização, recomendo utilizar o “Canvas”:

O Business Model Canvas é uma ferramenta de gerenciamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes. É um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos do modelo de negócios.[1] . O Business Model Canvas foi inicialmente proposto por Alexander Osterwalder[2]baseado no seu trabalho anterior sobre Business Model Ontology.[3]

As descrições formais do negócio se tornam os blocos para construir suas atividades. Existem várias conceitualizações diferentes de negócio; o trabalho e a tese de Osterwalder (2010[1] , 2004[3] ) propõem ummodelo único de referência baseado nas semelhanças de um vasto número de conceitualizações de modelo de negócios. Com seu padrão de design de modelo de negócios, uma empresa pode facilmente descrever seu modelo de negócios. (Fonte: Wikipedia )

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Esse é o modelo de quadro que é utilizado para fazer a ideação do seu negócio. É fácil preencher. Recomenda-se que inicialmente, seja colocado post it com palavras que representem suas ideias, em cada setor. Ao final, você vai visualizar seu negócios como um todo: desde seus principais fornecedores, até o valor que você vai entregar ao seu cliente.

Dedico esse post especialmente a todos que estão com algumas ideias, mas estão elaborando um complexo plano de negócios. Desafio você a fazer o canvas e colocar sua ideia em prática! Encerro com essa frase de Vó, que não poderia ser mais atual: “Antes feito, do que perfeito.”

Como se tornar mais produtivo com a “Técnica Pomodoro”

Uma reclamação constante entre todos é a “falta de tempo”. “Não consigo terminar a tarefa X, porque não tenho tempo”, dizemos; “Y está travado, porque tenho muitas outras tarefas”, o outro completa. O que acontece, é que muitas vezes, a tarefa é deixada para quando temos um prazo mínimo para concluí-la, nessa situação, temos que gerenciar nosso stress e torcer para que não exista nada de errado no pouco tempo restante. Se viu nessa situação?

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A questão de tempo é puramente psicológica. Ou você acha que 10 anos atrás tínhamos mais do que 24 horas para resolver nossos afazeres?

Digo que é psicológica, porque a noção de tempo está em nossa cabeça e consequentemente, no que estamos priorizando nosso tempo. Com a popularização de internet, redes sociais e smartphones – nessa ordem! – acabamos ficando presos as nossas notificações, criando um ciclo vicioso: enquanto realizamos uma tarefa, nosso celular apita; nosso cérebro entra em uma situação de urgência e ansiedade; olhamos a notificação; respondemos; e entramos novamente em situação de ansiedade: mas dessa vez, porque queremos a resposta, seja em forma escrita, visualização ou like! E nossa tarefa principal é jogada em segundo plano. Além disso, nosso cérebro, procura fazer nos focar em coisas mais prazerosas, como bater um papo, comer alguma coisa, ficar, ficar imaginando coisas… dessa maneira, procrastinar sempre vence a produtividade.

Falo tudo isso por experiência própria! Semana passada precisava organizar materiais e slides para uma palestra, procrastinei quase um mês, e sete dias antes da palestra…não tinha nada pronto! Decidido a mudar esse meu comportamento, comecei a pesquisar técnicas sobre produtividade, conheci a “técnica pomodoro” e resolvi aplicar. O resultado você confere daqui para frente!

O que é a “Técnica Pomodoro”?

Método criado por Francesco Cirillo, na década de 80, quando ele estava cansado de procrastinar e com vontade de facilitar o aumento da produtividade e a diminuição de distrações.

Prazer, Pomodoro!
Prazer, Pomodoro!

O nome “pomodoro” vem de tomate. Francesco usava cronômetros em forma de tomate, para realizar cada pomodoro.

Para você utilizar essa técnica, você vai precisar de um cronômetro, um papel, lápis ou caneta e tarefas a serem realizadas. Mais simples, impossível.

Passo a passo:

  1. Escolher a tarefa a ser executada;
  2. Ajustar o alarme para 25 minutos;
  3. Trabalhar na tarefa até que o alarme toque; registrar com um “x” – Não pode para para nenhuma distração! foco total!;
  4. Fazer uma pausa curta (3 a 5 minutos) – Dar uma volta, beber uma água, pensar… mas, não pode fazer continuar na tarefa;
  5. A cada quatro “pomodoros” fazer uma pausa mais longa (15-30 minutos).

Veredito:

Uma ideia muito simples, mas que realmente funciona. Com 6 pomodoros, consegui os materiais para pesquisa, montar slides e ter toda a palestra visualizada e pronta!

Confesso que o primeiro pomodoro foi o mais difícil, antes de iniciar, deixei o celular no modo avião para não correr o risco de ser interrompido. Mas, como não era acostumado a focar totalmente na tarefa sem distrações, meu cérebro demorou a acostumar. A partir do segundo pomodoro, a tarefa começou a fluir.

Utilizei essa técnica na minha casa, a noite. Avisei minha mulher sobre a técnica, então ela sabia que eu não podia conversar durante esse tempo. Acredito que fazer essa tarefa em uma empresa seja mais complicado, porque você recebe telefonemas, as vezes alguém aparece na sua sala para resolver algo urgente, invalidando seu pomodoro.

Na minha opinião, funciona melhor para tarefas onde você está sozinho e consegue administrar interrupções. Se eu soubesse dessa técnica na época de fazer monografia, com certeza teria entregado elas mais rápido e sem muito estresse!