O que é ancoragem e porque ela te faz negociar mal e gastar mais

Quando você vai comprar algo e vê o primeiro preço, você já se prenâncorade a ele. Tem a ver com um principio psicológico chamado de ancoragem. Na essência, significa que o primeiro número que você ver, vai enviesar todo o restante.

Imagine o seguinte, você sai para comprar uma calça jeans e na primeira loja que você entra, você encontra de uma marca que você gosta por R$300, você acha um pouco caro e sai em busca de outros. Na próxima loja, você encontra um modelo idêntico aquele por R$240 – R$60 a menos! “Pechincha”, “Não posso perder essa”, você pensa.

Mas, será que esse pensamento é real? Não é segredo para ninguém que a maioria dos produtos, principalmente os de marcas reconhecidas e consideradas de luxo, são produzidas por muito menos do que eles são vendidos. Então, quando você fica maravilhado por ter achado uma pechincha, você ainda está gastando R$240! mas, você está muito mais feliz do que se tivesse gastado os R$300 iniciais. Ancoragem, define!

Esse efeito de ancoragem, não está limitado somente a preços. Ele é um viés cognitivo e é usado também nas negociações profissionais. Quando você está negociando, deve focar primeiramente em um preço máximo e pensar em um preço mínimo ideal. Ao fazer isso, você acaba ancorando o valor de seu produto, e quando resolve dar um desconto, com certa relutância e prazo determinado, seu cliente achará que deve aproveitar rápido aquele desconto, pelo motivo de estar enviesado no primeiro preço.

Agora, como combater esse tipo de âncora, para não ter uma negociação ou compra malsucedida? Simples, criando sua própria âncora. Por exemplo, se você vai comprar algo, defina um limite mental de quanto você estaria disposto a pagar para adquirir determinado produto. Depois disso, verifique os preços, se é mais do que o seu limite, você está sem sorte! – e com certeza, vai se espantar com os preço que achar! – e se for menor, você pode comprar de consciência limpa, sabendo que seu orçamento pessoal, vai agradecer! (Isso vale também na hora de precificar, é só seguir a mesma lógica).

Infelizmente, criar sua própria âncora, não é nenhuma solução mágica: se suas âncoras mentais não baterem com os preços existentes, uma pesquisa deverá ser feita. Somente após analisar dúzias de preços por produtos idênticos ou similares é que você terá uma ideia real dos melhores preços disponíveis.

3 maneiras de melhor usar as redes sociais que você utiliza todo dia

Muitas pessoas estão, sem saber, deixando de aproveitar as oportunidades que aparecem nas suas redes sociais. As mídias sociais estão cada vez mais acessíveis, e a maneira como temos acesso a elas, faz com nossa geração passada tenha um pouco de inveja – primeiro porque nos dias atuais, já nascemos conectados, manter e criar contato é muito fácil e segundo, a facilidade de acessar e usar as redes sociais, é natural para os nativos dessa era.

Uma poderosa rede de contatos é essencial para todo empreendedor e profissional que almeja o sucesso. Já ouviu aquela máxima: “Não sei fazer, mas tenho o contato de quem sabe”? Com as redes sociais usadas da maneira correta, você pode ter o contato de muita gente que saber fazer o que você não sabe!

Encontrar pessoas no mundo digital é simples…contata-las, mais simples ainda. Cynthia Johnson, Diretora de Mídias Sociais da RankLab, nos dá dicas de como utilizar de forma a construir uma poderosa rede de contatos, com as redes sociais que utilizamos todo dia.

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Crédito: Entrepreneur.com

TWITTER

Twitter é a rede social mais subutilizada, segunda ela. “Todo mundo tem, mas poucos sabem usá-lo”. “As pessoas mais importantes no Twitter não tem um monte de seguidores. Seguir poucas pessoas, te faz conseguir observar todo o que está sendo dito de importante, e poder se engajar no assunto, consequentemente, construindo e conquistando contatos”, complementa.

Uma boa sugestão é procurar alguma pessoa que seja relevante para o seu negócio ou área (para isso você pode utilizar a pesquisa avançada do Twitter, procurando por empresa, título ou nome da pessoa), e em seguida comentar sobre alguns de seus tuítes, ou dar um RT e começar a segui-lo. Assim, você está criando uma conexão inicial e sendo visto. Se por acaso, essa pessoa te seguir de volta, envie uma mensagem privada – DM – com seu email, contando brevemente porque você o seguiu.

FACEBOOK

A parte mais interessante para criar redes de contatos no Facebook, ironicamente, é a que pouca gente utiliza: os grupos. Eles são literalmente o que o nome sugere: um grupo. Segundo o site Significados, “(…)a unidade de ação de um grupo social é fundamental e se produz em virtude da conduta de seus membros, a fim de que a ação do grupo, como um todo, tenha um propósito”, em vários grupos que eu participo, isso é muito levado a sério. Posso dar como exemplo, ao participar de um grupo de Start-Ups, comentei que fazia consultorias ao ver as dificuldades de alguns membros expostas, naturalmente buscando soluções e eu a partir daí, consegui vários contatos e consequentes trabalhos relacionados a minha expertise.

Para localizar e acessar grupos , é só usar a pesquisa do Facebook e pesquisar os tipos de grupos que você gostaria de estar envolvido. Uma vez que você abrir um grupo, o Facebook irá sugerir outros grupos relacionados para participar. Se um grupo é listado como privado e você quer se participar, é só pedir para participar. Não tenha medo de não ser aceito.

LINKEDIN

Há duas maneiras de construir uma rede no LinkedIn. A primeira é procurar os contatos de seus contatos. Se alguém é um contato de segundo grau no LinkedIn, então você pode facilmente enviar um convite para se conectar.

A segundo maneira, como no Facebook, é utilizar os grupos. Grupos do LinkedIn permite que as pessoas que não tenham contato ou se conhecem, passar a se conhecer. Aqui vale o mesmo conselho do Facebook, escolha um grupo, crie tópicos, comente os existentes, ajude as pessoas e seja ajudado.

Eu sei que essas dicas podem parecer um tanto quanto óbvias, mas as vezes, o óbvio precisa ser dito para que possamos perceber e principalmente por em prática. Há muitas outras maneiras de conseguir utilizar as redes sociais para criar uma rede de relacionamentos que funcione, essas maneiras são uma mescla de como eu faço +  conselhos de uma expert no assunto. Quais são as suas maneiras?

Confisco da poupança: Boato ou realidade?

No mês passado, os saques da poupança atingiram valor recorde de R$ 6,3 bilhões – montante ainda maior que os R$ 5,5 bilhões de janeiro. Um dos motivos que fizeram isso, foi a dúvida de 9 em cada 10 poupadores: a poupança vai ser confiscada?

Guardar dinheiro na poupança, pode não ser uma boa opção. Fonte: Pixabay
Guardar dinheiro na poupança, pode não ser uma boa opção. Fonte: Pixabay

Esse boato começou a ser espalhado em meados de 2014. Voltando com força total em 2015, em mensagens do Whatsapp e Facebook. Inicialmente, fiquei um pouco receoso, então, decidi pesquisar para me certificar e ajudar a todos que estão com esse mesma dúvida.

A primeira vez que aconteceu o que tantos temem – o confisco da poupança – foi nos anos 90, no governo do então Presidente, Fernando Collor. Ele, juntamente com sua equipe, com uma medida provisória, resolveu  bloquear todas as aplicações com valores superiores a 50 mil cruzados novos, a moeda da época. A justificativa era de conter o consumo e estabilizar a inflação, que era de aproximadamente 30% ao mês, em 1990.

Mas, esse plano, que foi feito as pressas, sem muita análise dos fundamentos econômicos, não deu certo. Quatro anos depois, a inflação chegou a uma média anual de assustadores 764%. Precisando que o Governo da época – que já não era mais o do Collor – tomasse sérias e drásticas medidas econômicas, entre elas, a criação do Real.

Hoje, por mais que eu tenha sérias críticas ao Governo Dilma, acho absolutamente remota a possibilidade de confisco, da poupança ou outras aplicações financeiras.

Uma medida coma esse é muito impopular! A imagem desse governo já está desgastada, diria que ao extremo, portanto, eles não iriam querer desgastar ainda mais. Além disso, para que um confisco fosse real, teria que existir a aprovação do congresso e devido a perda de influência da Presidenta naquele recinto, com certeza não haveria consenso para aprovação.

Portanto, não se preocupem com a pergunta inicial. Se você tirou o seu dinheiro da poupança, você fez a coisa certa pelo motivo errado. Segundo o banco central, a poupança no dia 12 de março de 2015, está remunerando seu suado dinheirinho em módicos 0,6% ao mês. Nem podemos considerar a poupança um investimento, já que a inflação está prevista em 7% ao ano.

Aproveite que agora você sabe que o confisco é boato e que a poupança está pagando menos do que a inflação, comece a pesquisar maneiras de fazer seu dinheiro render mais. Quem sabe você não encontra uma oportunidade disfarçada para empreender?

Como aproveitar o momento negativo para crescer

Nunca antes na história desse país, houve tanta preocupação, medo e pessimismo com relação ao nosso futuro econômico. Bom, razões não faltam: o maior caso de corrupção no planeta, o do Petrobrás está nos assombrando… prováveis racionamento de água e energia elétrica, não são descartados. Nesse ano, pela primeira vez, em 70 anos(!) o PIB cairá pelo segundo ano consecutivo, o dólar chegou a exorbitantes R$3, deixando produtores que dependem da importação um cenário nada agradável. Some se a isso, ajustes fiscais para todo o lado, apertando ainda mais a nossa (pequena) margem de lucro.

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É obvio que um cenário assim, traz muitos desafios para cada um de nós.

Menos óbvio, é que esse mesmo cenário pode trazer muitas oportunidades!

Nos períodos em que tudo conspirava a favor, a tão falada classe c gastando pra valer, a economia crescendo em média 5% ao ano (entre 2004 e 2008), empregados sendo contratados a todo vapor, vendas das empresas batendo recordes, salários que subiam – além da inflação – e o crédito farto no mercado, tornou a maioria dos empreendedores (e dos consumidores) em profissionais acomodados e porque não, preguiçosos! Não era necessário pensar, era só seguir a maré.

Essa situação passada, fez com que os empreendedores dissessem adeus a inovação, melhoria de processos, pensamento de ganhos a longo prazo ou geração e percepção de oportunidades de novos negócios, planejamento e gestão.

O final de 2014 e até agora em 2015, nos mostrou uma situação preocupante: empresas demitindo, crédito escasso e todos os problemas que isso causa, batendo a nossa porta. Tudo isso aconteceu (pelo gigantismo e má qualidade dos gastos públicos, por exemplo, mas, não entraremos em meandros políticos) devido a desaceleração da economia. Os empresários que estavam somente seguindo a maré, agora terão que começar a remar e esticar as velas.

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Como aproveitar esse momento negativo para crescer?

É nos períodos ruins, desafiadores, de crise, que as empresas são colocadas a prova: os erros da época de abundância começam a ficar expostos. Se esses erros forem corrigidos, o sucesso da empresa a longo prazo, será garantido. Os empresários precisam ser resilientes , tomar decisões rápidas, mitigando possíveis danos.

Planejamento e uma boa gestão, são palavras chaves para o sucesso. Se conseguirmos aproveitar o momento de crise para evoluirmos e crescermos, então, esse momento não terá sido em vão.

[Tanto medo e reclamação – com razão! – já renderam mais dois post sobre, você pode ler os outros aqui e aqui.]

[Review] Oportunidades disfarçadas

downloadEstamos vivendo uma crise financeira aqui no Brasil e isso assusta a todos: de donas de casas a CEOs de grandes empresas. Mas, pior que a crise financeira é a crise de ideias e otimismo.

Em alguns momentos de nossa vida, depois de algumas experiências, especialmente as negativas, vamos ficando temerosos e avessos a pensar diferente e arriscar. Começando a ter uma crise de ideias e otimismo. É nesse momento, que acabamos não percebendo mais as oportunidades.

Se você está nesse situação, aposto que não foi pior que a que Abraham Lincoln, 16º Presidente do EUA, se encontrou durante os vários fracassos de sua vida, até ser eleito Presidente:

Carlos Domingos, o autor, sabiamente, escolheu Lincoln, para fazer o prefácio(póstumo é claro).

O autor, decidiu escrever este livro, após um artigo que ele publicou na sua coluna semanal no jornal Valor Econômico, intitulado “Oportunidades disfarçadas” (que contava a maneira como várias empresas – no Brasil e no mundo – descobriram uma oportunidades em um tempo de crise), contrariando os anteriores que contavam com 6 ou 7 emails de respostas, teve aproximadamente 183! Esse artigo e suas resposta, foi o start para as pesquisas.

O parágrafo acima, é a síntese do livro, que com 300 páginas, tem centenas de caso de sucesso do surgimento de empresas. E posso garantir, que nos casos contados, não existe um sequer, que surgiu após amplo estudo do mercado, relatórios e planos de negócios. Muito pelo contrário, 100% desses empresas surgiram após uma grande decepção e uma grande necessidade, fazendo com o futuro empreendedor enxergasse naquele viés, a sua chance de sobrevivência.

Pense na seguinte situação, vendedores ambulantes são pessoas nada queridas, David, com 16 anos, vendedor de Enciclopédias, no final do século XIX, sabia muito bem. Ele saíra muito cedo da casa dos pais, para tentar a vida em Nova York. Só que as vendas de Enciclopédias iam de mal a pior, nenhuma dona de casa(seu público principal) se interessava em pelo menos, ver o seu produto. Nessa dificuldade, ele precisa por a “cabeça” para funcionar. Ele então, teve uma ideia, para cada dona de casa que aceitasse ver suas enciclopédia, ganharia de presente um perfume(criado por uma amigo farmacêutico). A ideia deu tão certo, que em poucos meses, todas as donas de casa queriam comprar o perfume e nem queriam saber da enciclopédia. Nascia aí, dessa simples ideia, a Avon, umas das maiores empresas de cosméticos do mundo.

A história de David e do surgimento da Avon, serve para ilustrar como o autor trabalha com a ideia de mostrar empresas reais que transformaram problemas reais em grandes oportunidades. Concordo com Eugênio Staub, Presidente da Gradiente, ao dizer que este livro é melhor do que qualquer antidrepressivo.