[REVIEW] A grande queda (James Rickards)

Nesse ano uma de minhas metas pessoais será a de ler 24 livros. O primeiro livro – A grande queda – já termine e é sobre ele, esse texto. 

Desde que alguns anos atrás tracei um objetivo de longo prazo, de fazer alguns investimentos com uma certa periodicidade, comecei a me interessar por esse mundo de investimentos, aquém do que os Gerentes de bancos nos falam. E foi através dessa minha busca que achei a Empiricus, que  é uma empresa que faz análises e recomendações financeiras, e foi ela que lançou e publicou esse livro no Brasil. 

O livro foi escrito por um Gestor de carteiras e consultor sobre assuntos financeiros da CIA (Óbvio que ele não é brasileiro), chamado James Rickards. 

O que eu aprendi com o livro:

O livro é escrito de uma maneira global, mas com uma perspectiva maior para os Estados Unidos, então, muito do que ele fala, não se aplica ou se aplica de forma diferente no Brasil. Mas, nem por isso, deixa de ser menos interessante. 

O ponto central do livro, é mostrar que estamos à beira de uma catástrofe financeira. Quando digo “estamos”, me refiro ao mundo todo. Alguns fatores apontam para isso. Vou citar alguns.

Vários países da Europa, Ásia e Estados Unidos, estão passando por um processo de deflação – onde os juros tendem a zero, pouco consumo e uma baixa generalizada nos preços. E uma calmaria dessas não é bom para empresas e claro, para o governo. Em contrapartida, em outros lugares do mundo, como o Brasil, estamos vivendo uma realidade diferente: inflação – que na verdade, é uma situação criada pelos governos, onde em tese, serve para fazer as pessoas gastarem mais, já que a um aumento de juros, desvalorização da moeda (em detrimento a outra), e alta nos preços, faz comeu-te sobre pouco dinheiro para investir. Inflação é uma terapia de choque para fazer a economia girar e uma estratégia para que a dívida do governo seja diminuída. O grande problema, é que uma inflação – criada é controlado pelo governo – pode sair de controle, virando uma hiperinflação (onde existe altas de preços sem controle, até chegar em um momento que o dinheiro perde o seu valor).

A outro situação é a de que cada vez mais estamos migrando do dinheiro em papel, físico, para a utilização em meios eletrônicos, virtual. Isso faz com que ficamos totalmente à mercê de políticas econômicas-governamentais, e das instituições. Quando acontecer uma catástrofe, seu dinheiro pode ser facilmente confiscado e controlado, por quem tiver o poder. Parece utópico, mas no Brasil, existe um projeto de lei que obriga a extinção do papel moeda, fazendo a obrigação da circulação de moeda virtual por todo mundo. Existe maneira melhor de controlar uma população do que controlar primeiro seu dinheiro?

A questão é que não sabemos nem quando e nem como essa catástrofe vai começar. Tal qual uma avalanche, que é engatilhado por um simples floco de neve, assim está a nossa situação.

Para lidar com todos esse problemas acima, James, diz que precisamos ter uma parte de nossa economia em terras/propriedades, ouro, obras de arte(!) e dinheiro físico – papel.

Veredito

Como eu disse, o livro é feito mais focado na situação americana, onde os juros estão zerados a tempos e a compra de ouro é mais fácil, então quando um brasileiro lê isso, estranha a situação, já que, temos uma ótima opção aqui, de investir no Tesouro Direto, que está pagando 14% aa e com risco mínimo.

Concordo quando ele diz que precisamos ter uma diversificação em nossa carteira de investimentos, contemplando bens físicos, que em caso de algum colapso econômico, conseguimos manter nosso capital.

O livro não será uma leitura agradável a que  tem noção zero sobre o mundo de investimentos e para aquelas pessoas que pulam o noticiário econômico. Recomendo a leitura com parcimônia e bom senso, se estivermos preparados para momentos ruins e momentos bons, lucraremos nos dois períodos.