MVP: Como testar uma hipótese de negócios gastando pouco – ou quase nada


Empresas grandes tem um grande acesso a capital financeiro e humano, desse modo conseguem desenvolver boas estratégias de lançamentos de novos produtos e mitigar os riscos da empresa. Já as Pequenas e Médias empresas não tem a mesma facilidade: geralmente possuem pouco capital, limitando a execução de suas estratégias. Escrevo esse artigo pensando nisso e mostrando a essa categoria de empresários, que é possível “copiar” ideias consagradas de grandes empresas sem gastar muito – ou quase nada.

Empresas de tecnologia, por trabalharem em um ambiente que existe agilidade de ação, não tem muito tempo para encubar a ideia de negócio: eles precisam de prática o mais rápido possível, para testar sua hipótese e assim conseguir desenvolver o produto/serviço de uma melhor maneira e se firmar no mercado com lucratividade. Pois bem, para isso, elas criaram uma metodologia que se chama MVP (Minimum Viable Product) ou Produto Minimamente Viável.

E é sobre essa metodologia, que muitas empresas grandes utilizam, que vou falar e mostrar como um pequena e média empresa pode usá-la para potencializar a hipótese de um novo produto.

Basicamente, um MVP é criar uma maneira de conseguir testar sua hipótese (de uma idéia de negócio ou de um novo produto/serviço) com um público, gerando receita já no começo, gastando o mínimo possível e com um produto que consiga mostrar ao seu possível público o conceito/valor que sua empresa quer passar com essa ideia.

Construindo um MVP

Um exemplo bem didático – e extremo: você quer criar um carro que não use combustível fóssil e que seja totalmente sustentável, decide por um MVP. O conceito/valor que você quer entregar para o seu público é o cuidado com o meio ambiente e um meio eficiente de se locomover. Portanto, a imagem abaixo, é um exemplo perfeito de como construir um MVP.

Sendo a imagem (1) o primeiro MVP e a imagem (5) o produto final.

A importância de cobrar

Lembre-se que sempre é necessário cobrar pelo seu produto nesse processo. É importante a cobrança porque é a partir dela que você irá entender se você está atendendo a um público certo e se você está conseguindo passar o “valor-conceito” adequado. E como o seu cliente estará pagando, ele te dará um feedback, caso seu produto o desagrade.

A diferença entre Amostra Grátis e MVP

Algumas pessoas podem acabar confundindo Amostra Grátis com MVP, mas essas duas estratégias são usadas para fins muito distintos. A primeira usa-se como forma de divulgação, uma estratégia de comunicação. Quando se está lançando a versão final de um produto, e a distribuição do mesmo será o chamariz para que os clientes possam experimentar o produto. Já o MVP – se você leu o texto até aqui – é outraaa coisa.

Ciclo: Construir – Medir – Aprender

Esse tripé é a sustentação do MVP. Através de uma hipótese de negócios, há a construção de um produto mínimo; leva-se a teste com um possível público-alvo; é criado um sistema de mensuração para que se valide ou não a ideia; e aprende-se com a validação ou não.

Caso haja validação, começa-se a fabricação do produto final e leva-se ao mercado. Caso não tenha validação, entende-se o motivo, é realizado ajustes necessários e começa o ciclo novamente.

Mão na massa

Agora que sabemos como criar um MVP, é só desenvolver melhor sua ideia e começar a construção. Um pequeno teste, antes de começar, se você está titubeando ao responder essas perguntas, você precisa melhorar sua hipótese, antes mesmo de fazer o MVP:

  1. Você sabe qual a sua proposta de valor ou porque os clientes compraram da minha empresa e não do concorrente?;
  2. Você está resolvendo uma “dor” ou um “problema real”? ;
  3. O valor que você irá cobrar as pessoas estarão dispostas a pagar, já que elas enxergam os benefícios?

Lembre-se: seja qual for sua ideia, sua empresa tem que existir para “resolver um problema”.

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