A escolha inteligente das empresas de sucesso e o que você pode aprender com elas

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Quer mais globalização que isso? (Fonte: https://br.pinterest.com/pin/233976143114772596/)

Vivemos em um mundo cada vez mais acelerado e globalizado. A tecnologia está nos permitindo realizar coisas que 10 anos atrás não era possível, por exemplo, acessar a internet de qualquer lugar. Hoje todo mundo que tenha acesso a um smartphone tem acesso a internet e infinitos aplicativos, que personalizam e melhoram o uso desses aparelhos. Quanto mais o acesso a internet fica facilitado, mais globalizado fica o nosso mundo. Conseguimos nos comunicar com uma pessoa do outro lado do mundo, com a mesma rapidez com que falamos com alguém de nossa cidade. Por meio da internet, é possível comprar uma camiseta da China, que chega a um preço que compete com a loja da esquina. Tudo isso, faz com que ao termos uma boa ideia de negócios e demorarmos a coloca-la em ação, pode custar o seu sucesso.

Startup, foi um termo que surgiu nessa revolução e com esse surgimento, muitos Gurus de administração tiveram que repensar suas ideias, porque elas acabam não funcionam nesse momento que vivemos. Antes de falarmos de ideias que ficaram obsoletas, vamos definir o que é Startup:

Empreendimentos com baixos custos iniciais e altamente escaláveis, ou seja, possuem uma expectativa de crescimento muito grande quando dão certo. Algumas empresas já solidificadas no mercado e líderes em seus segmentos, como o Google, a Yahoo! e o Ebay, são um exemplo. (Fonte: Wikipédia)

Gosto de pensar em Startup como uma empresa que cria algo que não existe no mercado, algo que não tenha comparação, algo inovador e único, que precisa ficar conhecida pela maior quantidade de pessoas em um tempo pequeno, usando pouco dinheiro. Não só empresas de tecnologia são consideradas Startups, no Brasil, quando eu penso nesse termo, me vem a cabeça a Cacau Show, que cresceu rápido e transformou o ato de comer chocolate.

O primeiro conceito, ideia propagados pelos Gurus que precisou ser revista é o Plano de negócios. Muitos professores universitário de Administração, doutrinados pela teoria e com pouca prática, vão nos dizer que a primeira coisa que fazemos ao ter uma ideia de negócio é fazer um Plano de negócio. Não acho errado, mas, as vezes o plano de negócio pode matar a ideia, justamente, porque a ideia ainda não está bem desenvolvida!

Tenho exemplo na minha própria família, quando meu pai percebeu uma oportunidade de negócios, ele criou uma empresa de uma forma bem simplória e fomos adaptando a ideia conforme o tempo foi passando e o negócio foi se provando rentável. Sabe como se chama isso? “Lean Startup”, traduzindo: Startup enxuta. Ou seja, transformar a ideia em ação, aprendendo na prática, com o menor custo possível.

Então, para todos que tem uma ideia de negócios, o conselho é colocar essa ideia em prática o mais rápido possível.

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O quadro acima, serve para guiar e melhorar a ideia. Já falamos sobre esse sistema, chamado de Business Model Generation, em outro post. O plano de negócios, pode ser feito após a execução de seu negócio, para conseguir financiamento e investidores. Para você, o que importa é o negócio se provar usável e potencialmente lucrativo.

A questão é, se você não se arrepender da primeira versão de seu negócios, é porque você demorou muito para fazer o lançamento!

[Review] Business Model Generation

Seguindo minha meta de ler um livro ao mês e publicar uma review do livro lido, nesse post, falaremos sobre o livro Business Model Generation. Esse livro foi publicado pela Alta Books Editora, e tem apenas 275 páginas. Com um formato incomum para livros, ele é retangular, chama atenção para a quantidade de fotos presentes no livro! Sabe quando você indica um livro para alguém, e sempre tem aquele que dá uma folheada e diz – Ah! esse não tem “figuras” – Nesse livro, ele não poderá falar isso!

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A metadefinição do livro(definição do livro pelo próprio livro): “um livro para visionários, inovadores e revolucionários que se esforçam para desafiar os modelos de negócios ultrapassados e projetar os empreendimentos de amanhã. Este é um livro para inovação em modelos de negócio.”

Foi um dos livros mais instigantes que eu já li. Sério. Para quem está com um ideia de negócio, ou quer mudar a maneira como você está conduzindo algum projeto, esse livro é ideal. O Business Model Generation (vou chamar assim, a ideia que ele propaga) precede o plano de negócios, na verdade, você só fara o plano de negócios, se a ideia se prova efetiva.

O livro e dividido em 5 partes: O quadro, Padrões, Design, Estratégias, Processo. O objetivo desse post, é apresentar o livro e fazer uma review, não vou me ater aqui, a ensinar os conceitos e a maneira como aplicamos(portanto, caso tenha interessa na metodologia, compre o livro ou entre em contato comigo).

Abaixo, falaremos o que significa e o que ele pretende mostrar em cada parte:

1 – O Quadro:

O ponto de partida para qualquer boa discussão, reunião ou workshop de inovação de um Modelo de negócios deve ser a compreensão compartilhada do que realmente é um Modelo de negócios. Precisamos de um conceito de Modelo de negócios que todos compreendam: de fácil descrição, que facilite a discussão.(…) Esse conceito deve ser simples, relevante e intuitivamente compreensível. (…)Um modelo de negócios pode ser descrito com 9 componentes básico que cobrem quatro áreas: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.

Aqui, as novas ideias para novos negócios ou novos projetos para velhos negócios são germinadas e entendidas de uma melhor forma. Na verdade, eles nos ensinam a fazer um quadro, de acordo com os elementos citados acima, e colocarmos breves palavras para descrever a ideia de acordo com o componentes e áreas. A ideia fica altamente visual e facilita o trabalho em equipe(dado que para cada palavra escolhida de acordo, é necessário a justificativa.);

2 – Padrões:

Esta seção descreve Modelos de negócios com características similares, arranjos similares de componentes dos Modelos de negócios, ou comportamentos similares. Chamamos tais similaridades de padrões de Modelo de negócio. Os padrões descritos (…) ajudam a compreender as dinâmicas e servem como fonte de inspiração para o seu próprio trabalho.(…)

Rascunhamos 5 padrões construídos sobre importantes conceitos de literatura de administração.(…) Os conceitos: Desagregação, Cauda Longa, Plataforma Multilateral, Grátis e Modelos de negócios abertos.

O padrão de negócios Desagregação, é quando, em um mesmo negócios, há a preocupação com criação de subnegócios e atendimento a públicos diferentes. Por exemplo, Bancos privados, tem 3 tipos de negócios: Relacionamento(com os diversos públicos, de classe AA a classe c); Inovação do produto(estar atento ao mercado criando novos produtos, como pontos de fidelidade); e Infraestrutura(todo o gerenciamento da interface bancário e suas seguranças);

Cauda longa, se baseia em um número maior de produtos, cada um deles vendendo e menores quantidades. Mercado Livre é um modelo, já que ele tem um exército de pequenos vendedores, com compradores comprando em pequenas quantidade, mas que sempre compram, fazendo com que o site ganha justamente nessa longa quantidade de pequenos.

Plataforma Multilateral, unem 2 ou mais grupos diferentes, porém, interdependestes de clientes. Google é exemplo, já que ele tem que ter ao mesmo tempo, anunciantes e pessoas que possam ver esses anúncios.

Grátis, nesse tipo de negócios, grande parte dos clientes são beneficiados continuamente por oferta livre de custos. Canais de culinários no YouTube, podem ser nosso exemplo, já que vemos os canais de graça, recebemos todos os benefícios e os donos do canal, esperam que a grande quantidade de views atraiam patrocinadores.

Abertos, Pode ser utilizado por companhias para criar e capturar valor com colaboração de parceiros externos. É o caso da Natura, que criou o Hackton Natura Campus, onde eles incentivam a criação de novos produtos e inovações para a empresas, premiando os participantes como bolsas no MIT, ambos os públicos colhem resultados.

3 – Design: 

O design irá ajudar a você projetar Modelos de negócios melhores e mais inovadores. (…) O trabalho de um design é estender os limites do pensamento, apresentar novas opções e em, resumo, criar valor para os usuários. (…) Exige a capacidade de imaginar “aquilo que não existe”.

As pessoas de negócios, sem perceber, praticam design todos os dias. Desenvolvem organizações, estratégias, Modelos de negócios, processos e projetos. Para isso (…) levam em consideração seus competidores, tecnologia, aspectos regulatórios e muito mais.

Simples e didático o parágrafo acima. Como criar um negócios, sem pensar no Design?

4 – Estratégias:

Depois de toda a construção de um modelo de negócios, é hora de por todas as ideias testadas em prática. A sequência lógica, é construir um plano de negócios, colocando todos os custos envolvidos e seus retorno.

Após isso, é preciso pensar nas muitas oportunidades e opções que o seu modelo de negócios permite. Dessa forma, você estará criando as estratégias de atuação.

5 – Processo: 

Aqui nesse capítulo, os autores, recapitulam todos os 4 itens, agora, usando uma forma mais precisa para tratar do assunto, já que pressupõem-se que ao chegar nessa etapa do livro, os 4 conceitos já fazem parte do bagagem de conhecimento.

Esse livro deve ser leitura obrigatória para qualquer empreendedor, desde aquele com possíveis ideias, até aquele CEO de uma multinacional – Tem como existir nesse mundo(como empresa ou pessoa) sem colocar em prática novas ideias-projetos? – Além de que, quando se internaliza esse conhecimento e é colocado em prática, qualquer nova ideia, passível de convencimento, se torna “auto convincente”, qualquer um poderá entender, sem muito esforço e ainda de uma forma lúdica e diferente(vide “quadro”). Para finalizar e mostrar a importância desse novo método, existe até um curso na University Of Maryland, que tem como mote principal, esse livro. O meu livro está sendo muito útil, já estou colocando ideias em prática e até construí meu próprio “quadro de modelo de negócios”! Mãos a obra!